O presidente do Esportivo, Laudir Piccoli, tem opiniões distintas sobre a paralisação do Campeonato Gaúcho, em 15 dias, porque trará reflexos técnicos e financeiros ao clube. As dificuldades das agremiações do interior são conhecidas, mas a situação exige medidas drásticas que estão sendo tomadas no futebol brasileiro desde o último domingo (15).
— O ideal não seria esse, mas a situação nos obriga a entender que é a melhor decisão a ser tomada — disse o presidente, que completou sobre as dificuldades que essa definição traz ao clube:
— Nas questões de estrutura, os contratos têm prazo de validade (ao término do Estadual) e estamos muito bem, hoje seríamos campeões do Interior. Essa paralisação cria dúvidas, não se sabe bem o que será decidido ali na frente, a próxima reunião. Não sabemos como nos mover da melhor forma, vamos treinar intensivamente ou vamos dar uma segurada? Como clube, não é fácil e ficamos meio sem rumo. Para completar, tem as questões financeiras, legais, cíveis e trabalhistas. A gente sempre pensa em fazer o certo, que nesse momento é a integridade física da nossa comunidade. Na dúvida, preferimos pecar pela segurança.
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Piccoli entende que a situação do contágio deva aumentar nos próximos dias. A opinião como clube era pelo prosseguimento do Gauchão com portões fechados, já que financeiramente será difícil recuperar no curto prazo e ainda sem a confirmação de que o calendário será cumprido.
— Nós do interior, que não temos calendário de ano inteiro e falando tecnicamente, entenderíamos que jogar de portões fechados seria a melhor saída. Por exemplo, o Esportivo no dia 25 tinha jogo contra o Internacional (em Bento Gonçalves) e a renda, praticamente, iria cobrir a nossa folha no quinto dia útil de abril. Não vamos ter essa receita. Então, tecnicamente para o Esportivo seria melhor (continuar). Só que na decisão coletiva, entendemos que na questão da pandemia do coronavírus que venha acontecer no Rio Grande do Sul, nós seríamos responsabilizados. Por isso foi decidido pela paralisação — explicou o presidente alviazul.
Com a quarta melhor campanha no Estadual, o Esportivo teria o título do Interior e uma vaga na Copa do Brasil e na Série D de 2021.