Com as atividades paralisadas na sociedade – menos os serviços essenciais, os brasileiros e os países pelo mundo enfrentam outra preocupação, além do coronavírus: a questão financeira. Sem os jogos, bilheteria e com a diminuição de patrocinadores, os clubes de futebol devem passar por dificuldades. Por isso, algumas alternativas estão em estudo.
– Preocupa. O futebol é meu sustento e da minha família. Então, preocupa em todas as áreas. Todos querem trabalhar e fazer o que amam. Vamos torcer para essa pandemia não se alastrar mais e tudo voltar ao normal – disse o atacante Gilmar, do Caxias.
A CBF, os clubes e os sindicatos dos atletas conversam sobre a possibilidade de antecipar as férias – o Juventude já definiu a antecipação, independente das negociações entre os órgãos. Além disso, o objetivo dos clubes é diminuir em até 25% os salários dos atletas. Algo que ainda precisa ser aceito pela entidade que representa os jogadores.
– É um problema complexo. Fica bem clara essa relação de conflito entre dirigentes e atletas. Uma situação extrema, como essa da pandemia do coronavírus, talvez faça as pessoas repensarem. Não tem uma forma de o futebol sobreviver se não forem todos juntos – analisou Marcelo Carné, do Juventude.
Federação Nacional dos Atletas
Nesta quarta-feira (25), Federação Nacional dos Atletas de Futebol Profissional (Fenapaf), que representa jogadores, não aceitou a redução salarial proposta pela Comissão Nacional de Clubes (CNC).
A CNC fez algumas propostas como: férias coletivas a partir de abril, mais dez dias de folga no fim do ano e redução de 25% nos salários dos jogadores. A Fenapaf, agora, fez uma contraproposta: concorda com a antecipação de férias remuneradas no mês de abril e pediu a licença de dez dias entre o Natal e o Ano Novo. Também, exigiram o pagamento de vencimentos do mês de março.
Além disso, solicitaram que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seja responsável por qualquer pagamento que os clubes não sejam capazes de realizar.