Uma semana depois de garantir uma vaga na final do Gauchão, o Caxias começa sua caminhada no segundo turno e bem focado no seu objetivo: estar na semifinal da Taça Francisco Novelletto Netto. Para isso, será preciso manter a boa campanha dentro do Estádio Centenário. Logo na abertura um daqueles jogos que valem mais que os três pontos. Os grenás recebem o Inter, às 19h deste sábado, num duelo que pesará muito no final do turno.
— É importante estarmos concentrados e sabendo o que a gente quer no segundo turno. Bom que inicie com jogo grande, que as nossas melhores atuações foram nesse contexto, em jogo da TV, onde a exposição é maior. O nível de concentração dos atletas vai estar bem alto para fazermos uma grande partida — avaliou Lacerda.
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O treinador elogiou muito a reapresentação dos atletas. Além do clima mais leve, por já ter garantido os objetivos no Estadual e ter uma taça no armário, o foco do Caxias é ir além. Por isso, segundo Lacerda, os trabalhos estão intensos desde quarta-feira, e com os jogadores querendo repetir a grande campanha no segundo turno.
A etapa final do Gauchão também promete ter um nível de competitividade maior. A dupla Gre-Nal tem apenas uma possível vaga a conquistar, o que deve colocar mais pressão sobre os favoritos. Além disso, a intertemporada realizada pelos demais clubes fazem o técnico Rafael Lacerda projetar o segundo turno ainda mais equilibrado:
— Nosso objetivo de entrar entre os dois é porque será uma fase mais exigente. Acho muito difícil seis equipes para duas vagas, é muito pouco. O nível do Gauchão vai aumentar.
O time grená virou a página. Ela pesará lá na frente, quando o grupo estiver na final do Gauchão. Até lá, força máxima e, de cara, um grande embate contra o Inter. Mesmo que o rival venha com um time reserva, o treinador grená considera uma equipe de nível muito alto e com jogadores que seriam titulares em vários clubes de Série A.
Ao mesmo tempo, o Caxias vem confiante. Os resultados até aqui respaldam o time de Rafael Lacerda.
—Dá confiança. Geralmente, para os clubes do interior, os adversários são os demais, não a dupla Gre-Nal. E esse ano conseguimos superar um gigante que é o Grêmio, nos dá confiança. Futebol, o Pitol usa muito essa frase, é 11 contra 11. Antes de iniciar a partida tem toda aquela questão de clube de massa, receitas e investimentos milionários. Mas quando entra ali dentro de campo, é 11 contra 11, só muda a questão financeira — ressaltou Lacerda.
NA VITRINE
A campanha do Caxias e, principalmente, o fato de vencer o Grêmio na final trouxe visibilidade aos profissionais que vestem a camisa grená. O curioso é que não apenas os jogadores já estão recebendo sondagens. O telefone de Lacerda também já tocou nesta semana.
— Dos jogadores eu sabia que era inevitável, o meu foi surpresa. Estou iniciando agora, um começo bem contestado. Eu sei que teve até um torcedor que apostou que eu era o primeiro técnico a cair, ele me contou isso. E hoje é bom ver reconhecimento de clubes e empresários estarem ligando. Mas estou calejado. Meu foco é só no Caxias, tenho o objetivo de colocar o clube na Série C. Já estamos vendo atletas, esperando os grupos (da Série D) e, se algum sair, vamos buscar uma reposição.