Carioca, 38 anos. Experiente, bom com as palavras, ótimo dentro de campo. Esse é o meia Diogo Oliveira, do Caxias. Contratado para a atual temporada, ele será o camisa 10 grená no Campeonato Gaúcho e terá a responsabilidade de ser a cabeça pensante do meio-campo. Através dele, as principais jogadas podem acontecer.
– A responsabilidade é muito grande, ainda mais no Caxias. Essa camisa já teve grandes jogadores. É uma responsabilidade gostosa e que eu gosto muito. É uma camisa pesada e de tradição. A cobrança é grande, mas estamos nos preparando. Eu escolhi jogar como meia, porque gosto dessa responsabilidade. É mais um clube e mais um ano com isso. Muito feliz e empolgado – disse o meio-campista.
Antes de chegar ao Rio Grande do Sul, em 2012, quando defendeu o Veranópolis e depois o Juventude, Diogo Oliveira começou a carreira no Fluminense. Entre as principais passagens, atuou por Ceará, Brusque, Criciúma, Chapecoense, Paysandu e São Bento. Aqui no Estado, além de VEC e Ju, já atuou no Brasil de Pelotas, seu último clube. Agora, no Caxias, tem o desafio de começar mais um Gauchão.
Outro futebol
O futebol de hoje passou por transformações desde a década de 1990, quando Diogo Oliveira iniciou nas categorias de base do Flu. A principal mudança se dá, justamente, no camisa 10. Com o passar dos anos, o jogo ficou mais compactado e intenso. Isso influenciou diretamente na função exercida pelos meias. Menos espaço, mais velocidade de raciocínio, entre outras situações observadas. Com tudo isso, a formação de novos atletas para essa posição fica dificultada.
– É preciso procurar resgatar os camisas 10. Acho que nem tem sido mais formado. É o meia que pensa com muita rapidez e faz as jogadas mais difíceis. Por isso, por vezes, o camisa 10 erra mais. Acho que essa modernidade do futebol é importante, mas não se deve tirar o camisa 10 do futebol, porque é ele que dá o toque de qualidade nas jogadas – avalia Diogo.
Com todas as alterações no futebol, a compactação faz com o que os times tenham menos território, pois a marcação está cada vez mais intensa. Como o camisa 10 atua na área de campo muito concorrida e bastante disputada, essa situação fica mais acentuada ainda.
– A marcação é sempre muito forte, porque o cara é o que vai fazer a jogada diferente. Em algumas vezes, você está numa situação difícil, o time fechado e é preciso tirar um coelho da cartola, ser ousado. Por isso, ele sempre vai ser bem marcado, porque ele é a cabeça pensante – avaliou o meia.
Mais um Gauchão
No primeiro Campeonato Gaúcho que disputou, em 2012, pelo Veranópolis, Diogo Oliveira já conquistou o título do Interior. Depois, também jogou a competição pelo Juventude e pelo Brasil de Pelotas. Portanto, o Caxias será a quarta equipe diferente no Estado em que o atleta irá atuar na competição.
– Eu gosto muito do Campeonato Gaúcho, pela intensidade, pela força física, briga e luta pela bola. Isso me fez bem quando cheguei aqui. No início, senti bastante. Depois, me acostumei. É um estilo aguerrido, lutador, sem desistir. Quando estiver com a bola, procurar dar a qualidade. Tenho o desejo de fazer um grande campeonato – projeta o meia.
Se observarmos a idade, 38, Diogo Oliveira está na reta final da sua vitoriosa carreira. Por isso, cada jogo ele aproveita ao máximo. O objetivo do camisa 10 é sempre deixar sua marca por onde passa. No Caxias não é diferente. Para isso, quer conquistar títulos e marcar seu nome na história do clube:
– Um profissional de exemplo, que trabalha bastante, dedicado, que dá seu melhor 100%. Que os mais jovens podem te ver como exemplo. O principal legado que eu gosto de deixar são as conquistas para o clube. Isso faz o jogador ser reconhecido no presente e no futuro.