O basquetebol adulto da cidade viverá um fim de semana de decisões. As equipes masculina e feminina do Caxias do Sul Basquete/Recreio da Juventude entram em quadra na busca dos títulos do Campeonato Gaúcho de cada naipe. Para quem ainda aspira poder ver a modalidade de volta ao grande cenário nacional nos próximos anos, o sábado (7) e o domingo (8) podem ser representativos para que a chama que a participação da equipe no NBB deixou, não se apague.
Meninas decidem no Vascão
A equipe feminina do Caxias Basquete/Recreio da Juventude já faz história. Depois de 10 anos sem que um time da cidade disputasse o Estadual, as comandadas de Iula Crespo recebem às 16h30min do domingo (8) o Osório, na final do Campeonato Gaúcho. O título será decidido em jogo único, que ocorre no Vascão. Após a espera por este momento, as jogadoras não escondem a expectativa.
— Ansiedade a mil. Jogando em casa, com a nossa torcida, dá aquele friozinho na barriga! Depois de 10 anos poder trazer o título para nossa cidade é uma responsabilidade muito grande. É a retomada do feminino, que está vindo para ficar. É muito gratificante. Todo o trabalho e toda luta está tendo o resultado — afirma a pivô Audrin Sirtoli.
Na fase classificatória, as equipes se enfrentaram em duas oportunidades, com uma vitória para cada lado. Agora, valendo a taça, é outra realidade.
— No primeiro jogo, perdemos, com virada delas. No segundo, ganhamos na casa delas, com a torcida contra e duas prorrogações. Não vai ser jogo fácil. Temos que entrar concentradas. Jogos com elas são de quem erra menos — alerta Audrin.
Para o confronto do domingo, a entrada no Vascão é gratuita. Na etapa caxiense da fase classificatória, o ginásio do Pio X recebeu o maior público entre as três rodadas da competição. No domingo, valendo a histórica conquista, a expectativa é de casa ainda mais cheia.
Masculino tem duas oportunidades para vencer
Enquanto as meninas decidem em jogo único quem fica com o título estadual, no masculino ocorre o segundo jogo da final neste sábado (7), às 19h. O Caxias do Sul Basquete/Recreio da Juventude enfrenta o Sojão, no Ginásio João Batista Morini, em Santa Rosa. No primeiro confronto da decisão, no fim de semana passado, a equipe caxiense venceu por 74 a 68, no Vascão.
Com isso, os comandados do técnico Giuliano Marramarco têm duas possibilidades para levantar o troféu. Se os donos da casa vencerem no sábado, ocorre um terceiro confronto, também em Santa Rosa, no domingo (8), às 10h.
— Não vamos poder contar com todos os jogadores, pois alguns jogadores têm outros compromissos, com pós-graduação e fica inviável a viagem deles. Tentamos estruturar o time de uma maneira diferente. Vai ser um desafio bem grande. Se já foi difícil no primeiro jogo, sem essas peças importantes será bem mais difícil — admite Marramarco.
No jogo da ida, o Sojão dominou os três primeiros quartos da partida. Porém, o Caxias Basquete/Recreio conseguiu equilibrar o quarta período e conseguiu a virada. Na fase classificatória, o time de Santa Rosa conquistou duas vitórias — 78 a 60 no Vascão e 86 a 54 em Santa Rosa.
— A gente conhece o estilo de jogo deles, quais são as bolas mais fortes e que tipo de postura é mais habitual. A postura deles nos três jogos foi muito semelhante, não mudaram o padrão. Contamos que eles joguem da mesma forma, mas também temos que estar preparado para alguma coisa diferente — afirmou Marramarco.
Após anos ganhando Gauchão com facilidade, enquanto disputava o NBB, o Caxias Basquete agora vive a realidade de uma equipe amadora. Ainda assim, a possibilidade do título é real e o time segue como um espelho para os meninos.
— Sabemos que eles são favoritos ao título, que eles têm uma equipe um pouco mais estruturada que a nossa, mas sabemos os pontos fracos deles também. O intuito de mantermos o time é para dar continuidade ao trabalho profissional que já foi feito. O Rodrigo Barbosa, durante 13 anos manteve Caxias do Sul disputando campeonato estadual adulto. Desde o ano passado, estamos jogando desta forma (com equipe amadora). É uma maneira de podermos motivar os meninos da base. Dessa forma, se a equipe profissional voltar, os meninos terão mais rodagem para poder participar do grupo — concluiu o treinador.