A AABB, de Caxias do Sul, disputa a partida de volta da final da Liga Gaúcha sub-11, neste sábado (7), no Enxutão. A equipe da Serra enfrenta a AAPF, de Augusto Pestana, a partir das 11h. O ingresso é 1 kg de alimento não-perecível.
Na primeira partida, fora de casa, a AABB acabou derrotada pelo placar de 7 a 4. Essa foi a terceira derrota da equipe na Liga Gaúcha, num total de 17 jogos, com 14 vitórias.
— A gente sempre coloca que, nessa categoria, a vitória faz parte do processo, o título. Mas, o mais importante, é que eles se divirtam. Prezamos por esse lado — conta o coordenador das categorias de base, Vinicius Piazza.
Um dos responsáveis diretos pela boa campanha do sub-11 da AABB, o técnico Roberto Thomazi Neto, carinhosamente conhecido como Piti, destaca o trabalho realizado:
— Montamos essa equipe desde o ano passado, é um trabalho que vem sendo feito a longo prazo. E, em 2019, comentei com o Vini que iríamos longe.
O jogo será no Enxutão para mobilizar um número maior de caxienses. Conforme a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel), atualmente, a lotação do espaço é de 350 pessoas.
— A gente vai fazer o jogo no Enxutão em função de uma perspectiva boa de público, esperamos que a comunidade vá lá prestigiar e torcer pelo futsal, pelo bom jogo e que vença o melhor realmente — projeta Piazza.
Todos os alimentos arrecadados no jogo serão doados à alguma instituição, ainda não definida pela AABB. A ideia é que os próprios jogadores façam a entrega dos donativos.
— Queremos unir a parte social com o jogo. A ideia é que os meninos façam a entrega do que for arrecadado, para que eles enxerguem um pouco da realidade, que às vezes é do coleguinha do lado, mas eles não têm ideia — conta o coordenador das categorias de base.
Ligação entre esporte e educação
Diversos clubes de formação de atletas fazem um trabalho conjunto com a escola. Ou seja, o jogador, além de realizar os treinamentos, precisa ser disciplinado e ter boas notas na rede de ensino. Na AABB, não é diferente.
— O nosso atleta destaque ficou duas rodadas fora, por não ter se comportado no colégio. O padrasto dele nos ligou e falou que não viria por esse motivo. Em questão de notas, cobramos deles também. O nosso diferencial é que a gente traz os pais para dentro do clube. Então, temos essa relação de família, de saber como está o comportamento — fala o técnico Piti.
Para o professor Vinicius Piazza, educação e futebol andam lado a lado:
— Eles têm que entender que o fato de estar na escola e almejar ser jogador de futebol, não significa que o estudo não é prioridade. Temos que desatrelar isso da consciência deles. É justamente o contrário: eles têm que saber gerir a carreira. Lá no futuro, eles terão que saber o que fazer com o dinheiro. Então, tem todo esse lado que, com certeza, a escola vai ajudar.