Repleto de histórias e conquistas, o time júnior do Caxias será retomado em 2020. Após seis anos sem o sub-20 com coordenação total do clube, o grená terá a volta da categoria na próxima temporada. O projeto, liderado pelos conselheiros João Corrêa, 41 anos, e Chiquinho Corsetti, 34, quer revelar atletas para o futuro grená. Além disso, pode também ser a porta de entrada de novos dirigentes no Centenário.
A expectativa é de que o time possa iniciar as atividades no começo de fevereiro. Como o Estadual Sub-20 deve começar no final de março, seria tempo suficiente para organizar o elenco e formar a base para a primeira competição oficial. Até lá, o trabalho está na montagem estrutural.
— A partir do momento em que o Paulo Cesar Santos assumiu a presidência, ele nos chamou para organizar a categoria sub-20. É uma necessidade que o clube tem. Hoje tem o modelo da escolinha, que não seria o ideal para formar atletas, para futuras vendas e para abastecer o profissional — afirma Corrêa.
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Caxias estuda criação de categoria Sub-20
Em 2017, o Caxias chegou a ter representatividade no Estadual Júnior, mas com um modelo de administração ainda terceirizado da categoria de base. Para que a proposta atual funcione, algumas situações precisam ocorrer junto ao clube.
— Como está começando tudo do zero, fizemos um levantamento com o Lairton (Zandonai, coordenador da base grená até o início da Copinha) e fomos atrás de contatos com investidores para conseguir montar a categoria, de forma que não onere o clube — disse Chiquinho.
A questão financeira é o grande ponto desse projeto. Desde as primeiras entrevistas, ainda como candidato, Paulo Cesar Santos tem dito que o sub-20 não pode trazer mais despesas ao Caxias. Do sub-17 para baixo, os atletas pagam mensalidade. Nos juniores, isso não existirá. Então, os investidores serão imprescindíveis para cumprir a meta estipulada de R$ 80 mil mensais para manter o projeto.
Esse valor cobre, segundo os dirigentes, os custos com comissão técnica, atletas que vierem de fora, transporte e campos de treinamento. O CT do Centenário será uma das opções, mas como a prioridade é do profissional, o sub-20 precisará de outras alternativas.
OS NOVOS DIRIGENTES
Com ligação com o clube desde a infância e conselheiro há três anos, Chiquinho Corsetti terá sua primeira oportunidade direta junto ao futebol grená.
Por outro lado, João Corrêa tem experiência de 11 anos em vestiário. Neste período, atuou como fisioterapeuta do grupo profissional. Esse período, segundo ele, é importante para que esse novo desafio chegue com mais tranquilidade:
— Isso conta muito. Foram 11 anos trabalhando com o profissional. Tive contato com muitos treinadores e jogadores, que hoje são técnicos ou trabalham como gerentes de futebol. Isso acaba criando um bom relacionamento com pessoas de todo o Brasil, além da vivência de vestiário. Uma coisa é vir de fora e não saber como funciona. Outra é ter várias experiências, tanto positivas quanto negativas. Dá uma bagagem.