Dois dias após o ato de injúria racial contra um adolescente de 13 anos, na decisão da Série Prata do Citadino de futsal sub-13, o América Rio Branco, equipe do jovem ofendido, e o Caxias/UCS se reencontraram em quadra na noite desta quinta-feira (28).
Em partida válida pela semifinal do Nordestão da categoria, os meninos dos dois times deram um exemplo de cidadania na quadra do Recreio da Juventude. De mãos dadas, as equipes entraram em quadra carregando uma faixa com os dizeres “Somos iguais”.
Para Rodrigo Goulart, técnico do Caxias/UCS, a ação mostra o quanto o respeito prevalece no esporte.
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– Estamos procurando colaborar da melhor forma possível em relação ao time do América e aos pais do menino. A gente, imediatamente, trabalhou essa situação, para tirar uma lição e se conscientizar. A ação é em cima disso.
Para Cauê da Costa, técnico do América, a ação foi um exemplo dos jovens diante da ignorância de algumas pessoas:
– Muito importante. Sabemos que os valores do futsal são bem diferentes do que foi apresentado pela torcedora. A gente sabe que isso não condiz com o que foi trabalhado pelo professor Rodrigo. É muito importante para o menino se sentir acolhido e ver que isso foi um ato isolado.
Quem esteve no ginásio levou balões pretos e brancos para sinalizar que não há diferenças e todos são iguais. Os familiares da vítima também estiveram presentes.