O Caxias entra campo a partir das 18h30min desta quarta-feira (23) tentando reverter a vantagem que o Santo Ângelo construiu na partida de ida das oitavas de final da Copa Seu Verardi. O duelo no Estádio Centenário vale não só a passagem de fase para o time grená, mas a honra do grupo.
Uma eliminação tão cedo na sua primeira competição como treinador pode marcar negativamente o início do trabalho de Rafael Lacerda. Esse fato, porém, não é o foco principal do comandante grená.
— Incomoda muito, mas não posso pensar nisso agora. Tenho que focar em armar o time, achar a melhor solução dos problemas que a gente tem, de achar uma forma de furar o bloqueio que o Santo Ângelo deve montar. Não posso ficar já me lamentando — afirmou Lacerda.
Leia mais
Lacerda muda esquema e jogadores para escalar o time do Caxias
Caxias conhece seus possíveis adversários nas quartas de final da Copa Seu Verardi
Caso não consiga reverter a vantagem do time das Missões, o Caxias dará adeus à temporada 2019. Mesmo que alguns atletas já estejam encaminhados com outros times para a disputa do Gauchão, Lacerda acredita que isso não é razão para que não haja entrega total do time em campo diante do Santo Ângelo:
— Isso vai do profissionalismo do jogador. Você faz o teu contrato, tem que cumprir. Assim como é na tua empresa. Tu não sabes o que vai ser o dia de amanhã. Hoje em dia nem contrato segura. O clube cumpre com as obrigações e o Caxias é um time que paga rigorosamente em dia — admite o treinador, lembrando do compromisso firmado pelos atletas antes da competição:
— Deixamos bem claro para alguns jogadores que estão acertados com outro clubes, que se quisessem não estar aqui, não estariam. Estão aqui porque se colocaram à disposição. Falaram que iriam comprar a ideia até o final. É o que eu espero.
A classificação para as quartas passa por uma mudança de postura do time em relação ao que fez fora de casa. No Centenário, a equipe segue invicta na Copinha. Hoje, só vencer não será suficiente. Serão precisos dois gols de diferença, mesmo com a baixa adesão do torcedor grená nos duelos.
— Não posso cobrar da torcida. Eles estão machucados e vêm de frustrações, não só deste ano. Nunca vou cobrar da torcida. Eu valorizo quem vem. Mas quem tem que tirar dessa situação são os jogadores e a comissão técnica — concluiu o treinador.
Leia também
Morre, aos 99 anos, seu Oscar Boz, cineasta amador que eternizou Caxias do Sul nos anos 1950