O Caxias teve na sua temporada um primeiro volante diferente daqueles que só marcam. Por mais que usasse a camisa 5, Juliano entregava um nível técnico ao time para sair ao ataque e não perdia em nada na marcação. Não à toa, encerrou o Gauchão em alta e iniciou a Série D como capitão e referencial do time grená. Mas duas lesões interromperam todo esse processo em 2019.
Um estiramento na panturrilha durante a partida contra o Cianorte, no dia 18 de maio, atrapalhou a boa fase do volante. Juliano conseguiu voltar aos titulares contra o Avenida, já no mata-mata e jogando em Santa Cruz do Sul, no dia 23 de junho. Só que acabou tendo uma lesão ainda mais grave, desta vez no tendão de Aquiles. Ali cessava praticamente sua temporada, afinal foram cerca 45 dias no departamento médio até voltar a treinar para Copa Seu Verardi.
Só que essa fase passou. Agora tudo é recomeço.
— Minha ideia é retomar o que vinha fazendo, ganhar jogos, ser campeão desse torneio e recuperar a autoestima do clube. O que aconteceu (a queda na Série D) é muito frustrante. O Caxias tem um potencial gigante e eu sinto isso, tenho muito orgulho de estar aqui dentro. Todos os dias que vier aqui, vai ser para ganhar e para que o Caxias suba — ressalta Juliano.
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Lógico que o passado recente ainda mexe com o camisa 5. As duas lesões pararam um momento muito bom para o volante e para continuidade do time, principalmente na reta final de mata-mata. As lembranças ainda são amargas.
— Cada vez que entrava no vestiário e o pessoal ia para o campo, vinha um sentimento muito ruim. Minha vontade era correr e entrar no campo. A cada semana que passava, eu tentava antecipar. Mas é uma lesão que não tem o que fazer. Eu não conseguia nem correr direito. A minha única ajuda era incentivar, conversar e torcer para dar certo. Acabou não acontecendo no último jogo — conta o camisa 5.
Na reta final de 2019, Juliano quer recuperar seu nível de atuação e, com contrato até o final do próximo ano, tentar novamente um acesso à Série C. A volta ao time titular ainda é incerta. Mesmo com uma vaga no meio de campo aberta para encarar o Grêmio, domingo, às 11h, o volante seguirá no banco de reservas e ingressando no decorrer da partida. Tudo acordado com a comissão técnica.
— Acho que jogar 90 minutos ainda é muito cedo. Não fechou nem duas semanas de treinos e ainda sinto falta de ritmo de jogo, principalmente quando é campo aberto. As ações são muito diferentes. Atuar 90 minutos é precipitado, acho que a melhor opção é ir entrando de forma gradativa — afirma Juliano.
Aos poucos, o Caxias vai ganhando um reforço muito importante para a Copinha, mas principalmente para 2020.