Chegou a hora mais esperada pelo Juventude na temporada. O confronto diante do Imperatriz, pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro da Série C, pode devolver o Papo aos 40 melhores times do país.
Porém, para alcançar esse objetivo, o time do técnico Marquinhos Santos terá que estar alerta ao que quase complicou a passagem de fase da equipe: a desatenção nos momentos finais de algumas partidas.
Das últimas cinco rodadas da fase de classificação, o Juventude tomou gol depois dos 40 minutos em três. Dos 15 pontos possíveis, somou oito, mas deixou escapar nos instantes finais da partida outros cinco.
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Na 14ª rodada, contra o São José-PoA, no Jaconi, tomou o gol de empate aos 41 do segundo tempo – um minuto após ter aberto o placar. Diante do Volta Redonda, na 17ª, o Juventude poderia ter garantido antecipadamente a vaga no G-2, mas sofreu o gol de empate aos 42 da etapa complementar e adiou a oportunidade de confirmar o mando de campo no jogo do acesso para a última rodada.
Nela, o Ypiranga foi mais um que vazou a defesa alviverde nos cinco minutos finais do tempo regulamentar. Aos 44, Reinaldo aproveitou rebote do pênalti defendido por Marcelo Carné e deu a vitória e a classificação para o time de Erechim.
Por conta disso, o Juventude só decidirá em casa as quartas de final porque o Paysandu empatou com o Remo. A fase de classificação passou, o objetivo de trazer o jogo do acesso para Caxias do Sul veio, mas os ensinamentos dos últimos confrontos ficaram como alertas para o Juventude.
— Controlamos os jogos e muitas vezes tomamos gols que não poderíamos tomar. É um alerta para que estejamos focados o tempo todo, para que não haja vacilo. É uma partida que não pode ter isso — afirma o meia Renato Cajá, que também chama a atenção para a necessidade de o time entrar com humildade para encarar o Imperatriz:
— É bom que a gente coloque os pezinhos no chão. A gente não é melhor que ninguém. Precisa fazer o melhor que tem que ser feito e o que o Marquinhos Santos tem pedido.
Se defensivamente a equipe alviverde pecou nos momentos finais do confronto, ofensivamente algumas falhas também pesaram para que a vantagem de alcançar o G-2 fosse alcançada com tanta emoção. No duelo contra o Ypiranga, por exemplo, o Juventude desperdiçou várias oportunidades de encaminhar uma vitória antes de sofrer o revés.
— Nosso ataque também precisa definir os lances melhor. Não só a zaga. Não temos que colocar a culpa em ninguém. Estamos todos no mesmo barco. Em cada lance que a gente puder, temos que ser decisivos e não dar espaço para o adversário crescer durante a partida — espera Cajá.
O sonho do retorno do Juventude para a Série B está a apenas dois jogos. Agora, a missão alviverde, tanto no Maranhão quanto no Alfredo Jaconi, é saber que num confronto de 180 minutos, cada segundo é decisivo.