Único representante da Região Sul na elite na temporada 2018/2019, a AABJ Joinville não fez uma boa campanha no NBB 11. Com cinco vitórias em 26 jogos, a equipe catarinense acabou a competição na lanterna e foi rebaixado para a Liga Ouro.
No entanto, a possibilidade de que o Joinville permaneça na elite com os ajustes que estão sendo feitos pela LNB é grande. Até por isso, a intenção é manter o trabalho realizado até aqui.
Para que o projeto adulto seja mantido, a equipe desenvolve o trabalho nas categorias de base. Assim como Campo Mourão, a aproximação com a comunidade é um ponto relevante para a sequência do trabalho.
— Temos trabalho de base de muitos anos, e isso identifica muito com a cidade. Alguém já jogou ou tem um amigo envolvido com o basquete. Além de servir de base técnica para a equipe adulta, nosso time é baseado em atletas oriundos daqui, mantém essa relação com as pessoas da cidade, até na conquista de patrocínios. Pelo menos metade da nossa arrecadação é de pessoas que estão ou já foram envolvidos com o basquete — afirma o gerente técnico do Joinville, Kelvin Soares.
De onde vem o dinheiro?
Para os projetos como Caxias, Joinville e Campo Mourão, a receita nunca vem de uma mesma fonte. Parcerias com empresas da cidade, recursos públicos e de patrocinadores privados fazem parte do grande bolo para manter o time em atividade.
— O recurso público é muito caro. Demora para sair, não é garantido e a prestação de contas é pesada. Além disso, não se destina todo aos custos que a equipe tem. O dinheiro privado tem mais liberdade, mas também tem um custo. É preciso devolver o valor ao teu patrocinador. Tem que criar estratégias para que esse valor cresça e que eleve o produto dele. Isso chega a ponto de criar uma plataforma de interesse dos teus espectadores — admite Soares.