O tradicional encontro de amigos em prol da Apae de Antônio Prado contou com um personagem neste ano. No domingo, no Estádio Municipal de Antônio, o lateral-esquerdo Alan Ruschel voltou a participar o evento que reúne atletas e ex-atletas no fim do ano. Foi a sua primeira vez desde o acidente aéreo que envolveu a delegação da Chapecoense em 2016.
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— Nos últimos anos não pude vir, mas fico muito feliz em ser bem recebido por este povo. O importante é fazer o bem e também poder agradecer por todas as orações que fizeram por mim — comentou o jogador.
Alan era o camisa 10 do time dos Amigos do Cássio, Fernandão, Alan Ruschel e Aloir de Oliveira. Esta equipe fez 4 a 1 no Pradense na manhã de ontem. Independente do placar, e até do pênalti perdido no primeiro tempo, o lateral da Chape só tem motivos para agradecer e projetar mais espaço no time catarinense em 2019.
— Começo a enxergar a vida de outra maneira. A gente começa a valorizar ela nos mínimos detalhes. Não digo que não dói. É algo delicado, foi muito triste. Mas foi um momento de ressurreição para mim. Eu tomo cuidado no que vou falar em respeito a tudo isso. Me emociona muito. Mas Deus vem me dando discernimento para encarar a vida da melhor forma possível e entender de o porquê acontecer tudo isso. Estou hoje para servir de exemplo bom, de superação, de luta — acrescentou.
O evento também marcou a comemoração pelos 100 anos do Pradense. O jogo preliminar foi disputado pelo Carrossel, dos amigos do Tite, contra os veteranos de Antônio Prado. No final, 2 a 2 e vitória nos pênaltis do time da casa.
Árbitro e técnico também jogam
No gol, Cássio era uma espécie de anfitrião do time branco, que ainda contou com jogadores como Klaus (Inter), Fabrício e Léo Dagostini (ambos do VEC), Denner e Mateus Santana (Juventude), Barreto (Criciúma) e ainda Marquinhos Xavier, técnico da ACBF, Jean Pierre, árbitro, Fernando Becker, repórter da RBS TV, Danrlei, ex-goleiro do Grêmio, e Dr. Aloir, responsável pelo Departamento Médico do Caxias. Na casamata, Fernandão, segurança do Grêmio e da Seleção, como auxiliar.
— É um jogo que virou tradição. É importante para a comunidade. Foi aqui que tudo começou. É o mínimo que posso fazer. É uma satisfação poder ajudar. Me sinto privilegiado — resumiu o goleiro do Corinthians e que disputou a Copa do Mundo da Rússia.
O árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima, filiado à CBF, era o atacante pelo lado direito.
— É sempre um prazer estar com os amigos, pessoas que convivo o ano inteiro. Mas o mais importante é poder dedicar um pouco do nosso tempo para ajudar as pessoas — comentou, antes de entrar em campo, com a garantia de que reclamaria da arbitragem.
Do futsal, a presença foi de Marquinhos Xavier, técnico da ACBF. Mesmo em dia de final da Liga Nacional (entre Atlântico e Pato) e o aniversário da esposa, o técnico da seleção brasileira de futsal também calçou chuteiras.
— A causa é muito justa. Tenho uma relação muito próxima com o Samuel (Rodrigues, organizador do evento). A Apae é uma instituição importante e contar com pessoas que atraem o público é importante — avaliou.