— O esporte imita a vida, e esse ano foi exatamente isso. A vida é feita de altos e baixos. Tivemos uma temporada de NBB acima de qualquer expectativa, deixando todo mundo muito motivado, feliz e empolgado. Daqui a pouco, a gente cai numa situação de inviabilidade do projeto e, por consequência, sem a participação da equipe no campeonato seguinte.
A afirmação é do técnico Rodrigo Barbosa. Fora da atual edição da principal liga do Brasil, ele vê sua base de equipe na temporada 2017/2018 manter médias interessantes no NBB 11 e dar sequência, longe de Caxias do Sul, em seus carreiras.
Após 13 jogos do campeonato e com a inédita Copa Super 8 em andamento, o treinador aguarda propostas para voltar a treinar. No entanto, encontra muitas dificuldades.
— Eu vivo uma situação delicada. Primeiro, em função de uma identificação muito grande com o Caxias do Sul Basquete, que é a minha maior alegria. Saber que, lá em 2006, tive a ideia de fundar um time de basquete, e ver onde ele chegou é a maior recompensa. Por outro lado, meu vínculo era em função da existência da equipe profissional. Não tendo mais esse time, tenho a necessidade de me colocar novamente no mercado — explica o treinador.
Antes de iniciar o NBB 11, Barbosa chegou a ter uma proposta concreta do Joinville, sem desfecho positivo. Outros clubes que disputarão a Liga Ouro, segunda divisão nacional que iniciará em fevereiro, entraram em contato. Porém, sem propostas oficiais.
A partir disso, o treinador observa até outros mercados de atuação.
— Dei aula muito tempo, mas desde 2008 não faço isso. Foi quando passei a trabalhar na parte administrativa do esporte e no alto rendimento. Agora é preciso buscar os espaços dentro dessas áreas que tenho conhecimento, porque realmente dentro desse gráfico do ano profissional está acabando de uma forma muito ruim — afirma Barbosa.
Em um ano que iniciou tão em alta e que poderia ter levado o Caxias Basquete à disputa da Liga Sul-Americana, o treinador responsável por isso vê a falta de investimentos no esporte caxiense dar fim a um ciclo. Por enquanto, sequer há perspectivas de quando o Caxias voltará a ter equipe de alto-rendimento. Mas, como a vida é feita de altos e baixos, a expectativa é de que a curva volte a subir em 2019.