O fator emocional foi ponto determinante para a queda de divisão do Juventude. Este é o sentimento que Flávio Campos elencou como vilão do Ju na temporada. Na quinta-feira, o ex-jogador concedeu sua última entrevista como diretor-executivo de futebol do clube e resumiu como frustrante o rebaixamento da equipe.
– Acho que nosso grupo emocionalmente deixou a desejar. Em nível técnico, físico a equipe correspondeu. Tínhamos uma equipe que poderia se sustentar e brigar do meio para a frente. O emocional ficou claro em partidas que perdemos por detalhes – resumiu o ex-dirigente.
Campeão gaúcho em 1998 e da Copa do Brasil de 1999 como jogador, Flávio não teme ter sua imagem arranhada junto ao clube. Para o ex-volante as cobranças tiveram efeito na sua decisão de deixar a direção do futebol alviverde, mas, principalmente, pelo planejamento do próximo ano.
– Minha preocupação dentro do Juventude foi de fazer um trabalho que eu não atrapalhasse. Me entreguei de corpo e alma. Quando eu senti que a cobrança era muito frequente, decidi que não largaria para não deixar ninguém na mão. Não é meu perfil. Sempre vou até o fim. Quando senti que a cobrança começaria a atrapalhar o planejamento para o ano seguinte, optei por me retirar para que eu não atrapalhe o processo para que tudo flua melhor – justificou.
O Juventude ainda não definiu seu presidente para o próximo ano. Além disso, o clube segue sem o vice de futebol e agora o diretor-executivo.