Mais do que o alerta ligado. A situação do Juventude é crítica na Série B. Após chegar ao nono jogo seguido sem vitória, o Ju é o antepenúltimo colocado na competição e precisa do imponderável para se livrar do rebaixamento, com relação aos números do time até agora.
O 2 a 0 sofrido para o São Bento, no sábado, ilustrou a tônica alviverde na temporada. Começo promissor, chances de gols criadas, mas com derrota em casa – a sétima na temporada sofrida no Alfredo Jaconi. Agora, a matemática é inimiga. A conta é simples. Para chegar aos 45 pontos, o número mágico para escapar do rebaixamento, o Juventude precisa somar mais 17 pontos aos 28 que possui. Ou seja, é preciso, no mínimo, cinco vitórias e dois empates nos 12 jogos que restam.
Por si só, os números não são assustadores, afinal restam seis jogos em casa e seis fora. O problema é que até agora o Ju venceu apenas cinco partidas, das 26 que disputou na Série B. Logo, terá que dobrar o número de vitórias.
A direção resolveu agir. Tão logo acabou o jogo de sábado, o discurso era de inconformidade.
– Na segunda-feira teremos uma reunião na parte da manhã com a comissão técnica e decisões serão tomadas. Não estamos satisfeitos com o que está acontecendo. A situação é vexatória. Me sinto envergonhado porque o Juventude tem que figurar na tabela do meio para cima – resumiu Flávio Campos, diretor executivo de futebol do alviverde.
No domingo, a direção se reuniu e definiu alguns nomes que deixarão o Alfredo Jaconi antes mesmo de acabar o contrato. O clube ainda não confirmou os nomes e nem a quantidade de atletas dispensados.
– Precisamos que cada um de nós dê algo mais, que todos os atletas dêem algo mais e que a gente deixe o Juventude, no mínimo, onde está. A direção compreende a chateação do torcedor – acrescentou o dirigente.
O técnico Luiz Carlos Winck também se mostrou inconformado, após sua segunda derrota na competição. O técnico estreou com empate em 3 a 3 com o Paysandu, fora de casa, e depois perdeu os dois jogos que disputou no Jaconi:
– Precisamos serenidade e equilíbrio. Já conversei com a direção, mas não vou falar tudo o que penso. Algumas coisas têm que acontecer, para o bem do clube. Já temos algumas linhas do que pensamos. O momento é de colocar os pés no chão. Temos que buscar sair da zona de rebaixamento.