As histórias da melhor campanha da UCS sobrevivem na memória. Em 2010, último ano na elite, o time classificou à segunda fase e só parou na tricampeã Cimed, de craques como Bruninho, Eder Carbonera e Lucão. A participação da equipe na elite era uma oportunidade para quem estava nas categorias de base acompanhar grandes jogos e ver de perto alguns ídolos do país.
— Nas últimas campanhas tivemos 50% do grupo formado por atletas da base. Os meninos tinham essa visão de seguir jogando profissionalmente e em casa — relembra Giovani Brisotto.
O treinador viu muitos talentos passarem pelas quadras da UCS. O central Eder Carbonera, ouro nos Jogos do Rio, em 2016, é um exemplo. Hoje, os meninos conhecem esse capítulo da história apenas pelas memórias de quem viveu esse período.
Leia mais
Equipes de vôlei da Serra acabaram com equipes adultas por falta de patrocinadores
Manter uma equipe na Superliga possui uma série de dificuldades
— A gente conta para os meninos que já teve Superliga aqui e eles não acreditam. Temos que mostrar fotos e reportagens da época. Estou trabalhando com a geração de 2001, que tinha oito ou nove anos quando o time adulto fechou. Eles mal sabiam o que era vôlei. Esses meninos não vivenciaram essa grande fase do esporte em Caxias — lamenta Brisotto.
A página da APAAvôlei no Facebook iniciou recentemente um levantamento dos atletas que surgiram na cidade e defendem outros clubes do centro do país. Todos aqueles que seguem vivendo do vôlei e podem ser uma inspiração aos meninos que treinam nas quadras da universidade.
— São inúmeros atletas que deixamos de ter em um time nosso. Eles param aqui com 17 anos. Aqueles que conseguem desenvolver, vão para outros clubes do centro do país. Os demais têm que parar. Acho cedo dar um salto tão grande com essa idade. Precisaria desenvolver mais — opina o técnico.