O Juventude vai ganhar um importante reforço para o segundo turno. A partir da 20ª rodada, no jogo contra o Oeste, o alviverde poderá contar com o volante Lucas, que ainda cumpre suspensão por doping. A pena acaba, inclusive, no dia da partida, 18 de agosto.
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Contra o Vila Nova, em 18 de agosto de 2017, Lucas foi flagrado no exame antidoping. Ele foi notificado no fim de outubro e desde então se colocou em autossuspensão, até que fosse marcado um julgamento.
— Segui jogando e só depois de dois meses veio a notícia. Já procuramos os advogados para ver o que podia ser feito e fiquei afastado. Tomei uma doralgina e aconteceu esse caso. A pior coisa foi quando recebi a notícia. Fiquei desesperado, não sabia o que fazer — relembra Lucas, que atuou pela última vez no dia 20 de outubro, contra o Guarani, na última partida de Gilmar Dal Pozzo como técnico do Ju.
Em março de 2018 saiu a sentença: um ano de punição a partir do dia da constatação da irregularidade. Do julgamento, veio a menor das punições. Tanto que o clube sequer entrou com recurso.
— Não valeria à pena porque ele já voltaria em agosto. A pena foi considerada boa porque poderia ser de até quatro anos — explica Letícia Giacomet, assistente jurídica do Juventude.
Dos piores momentos até o retorno aos treinos, o jogador prefere ver o lado positivo de todo este período.
— Fiquei muito desesperado porque sempre ouvia que doping eram três, quatro anos de punição. Até resolver minha situação fiquei triste, inconformado. Quando cheguei em casa, conversei com minha mãe e ela disse que não era o momento de eu sair daqui, que Deus teria grandes coisas para mim. Foi aí que parei, pensei e resolvi encarar. Aconteceu comigo, mas teve o lado bom que me aproximei da minha família, que é de Minas (Gerais). Foram várias coisas positivas que aconteceram nestes 10 meses — afirma o volante de 30 anos.
Lucas voltou aos treinos em maio e a partir do dia 18 já pode voltar a vestir a camisa alviverde. A contagem é regressiva:
— Quase pronto, não. Já estou pronto faz tempo. Estou treinando há três meses. Agora, faltam 15 dias para eu voltar a jogar. Estou pronto, mais forte para ajudar meus companheiros. O Julinho conversou comigo e brincou que eu sempre dei trabalho para ele quando joguei contra. Estou tendo ótimos dias de trabalho com ele aqui — avalia Lucas.
No esquema de Julinho Camargo, Lucas briga por posição com Bertotto, Diones, Tony, Rodrigo, Amaral e Jair. O lugar do campo, pouco importa. Lucas quer contribuir para que o Juventude chegue mais próximo da parte de cima da tabela de classificação:
— Onde ele optar por mim, na beirada, no meio, quero ajudar. Para falar a verdade, o mais importante é entrar bem e o time somar os três pontos. Se isso acontecer, que eu faça um gol.
Muita coisa mudou
Antes da notificação por doping, em novembro do ano passado, Lucas jogou outras sete partidas sendo, inclusive, o destaque da vitória do Ju sobre o Criciúma ao marcar dois gols. Aquela seria a última vitória alviverde fora de casa na temporada. Só não jogou a oitava porque sentiu uma lesão na panturrilha no aquecimento, contra o Náutico, quando Marcio Angonese comandou o time.
Uma rodada antes foi que Lucas atuou pela última vez. No dia 20 de outubro. Matheus Cavichioli, Tinga, Domingues, Micael e Bruno Collaço; Fahel e Lucas; Caprini, Wesley Natã e Felipe Lima; Tiago Marques. Técnico: Gilmar Dal Pozzo. Esse era o time do Juventude na derrota por 2 a 0 para o Guarani, naquele dia 20 de outubro. Curiosamente, a última partida de Dal Pozzo no comando do Ju.
Ao todo, daquele time titular, apenas três seguem no elenco: Matheus Cavichioli, Micael e Lucas. Além disso, Maurício e Vidal, que estavam no banco naquela partida, também seguem no elenco.
— Isso é complicado porque mudou mais de 70% do time. Talvez se eu só tivesse voltado agora sentiria mais, mas o dia a dia está sendo bom, estamos nos conhecendo melhor e eu espero ajudar bastante. Foram muitos novos que chegaram, mas tudo será com o tempo — enalteceu Lucas, que no ano passado jogou em 25 jogos da Série B e marcou três gols.