As melhores chances da vida nem sempre escolhem o momento ideal. Para o goleiro Lúcio, a oportunidade pode aparecer neste domingo, às 16h, contra o Maringá, pelo jogo da volta da segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série D.
Gledson, titular nos 21 jogos do Caxias na temporada, sofreu uma lesão na quarta-feira e tem poucas chances de entrar em campo na decisão. Ele tem um estiramento no ligamento poplíteo e derrame articular no joelho esquerdo. Realizou exames, segue fazendo fisioterapia e terá na manhã deste sábado o teste para confirmar a ida ou não para o confronto. Enquanto isso, Lúcio estava se preparando. Assim como fez durante todo o ano de 2018, para quando a chance aparecesse, estivesse pronto. A oportunidade está muito próxima.
— Goleiro não tem a justificativa de não estar preparado. Trabalhamos em um nível e um ritmo intenso diariamente para quando for solicitado possa estar preparado para corresponder a altura. Procurei fazer isso da melhor maneira possível, nos treinos e amistosos. Tenho certeza que estou preparado e em um momento muito bom — diz Lúcio, de 28 anos, e que desde a metade de 2016 veste a camisa grená.
A confirmação só acontece na manhã deste sábado, mas o técnico Luiz Carlos Winck só deixará Lúcio de fora da decisão se tiver convicção na recuperação do titular:
— O Gledson tem que estar 100%. Se estiver, vai para o jogo. Ele não é criança, sabe do compromisso da partida de domingo. Se não for ele, o Lúcio está trabalhando bem. É um goleiro que eu confio. Não vejo problema para isso. Não podemos é ficar lamentando. Se o Lúcio tiver que jogar, temos apenas é que passar confiança. Coisa que já falei com ele.
Em partidas oficiais, Lúcio não atua desde a eliminação do Caxias na semifinal do Gauchão do ano passado, contra o Inter, no dia 23 de abril de 2017 — vitória grená por 1 a 0 no tempo normal e 5 a 3 para os colorados nos pênaltis. Em dois anos de clube, vivenciou mais o Centenário fora de campo do que jogando. Isso criou para o goleiro uma identificação diferente com o Caxias.
— A minha identidade, além de pessoal, é coletiva com a instituição Caxias. Jogar aqui tem seu peso. O jogador tem que saber absorver essa pressão para, quando solicitado, fazer o seu melhor. A minha identidade apareceu nos momentos decisivos. Na minha autoanálise, fui feliz quando fui chamado — avalia Lúcio.
A oportunidade não escolheu a hora para Lúcio até hoje, e, se for confirmado para domingo, passa pelas mãos dele a chance de garantir o Caxias nas oitavas de final da Série D.