Domingo, 12 de setembro de 1976. O Caxias pisava pela primeira vez no gramado do Estádio Francisco Stédile, o Centenário. Foram nove meses de construção até que o time pudesse estrear, em duelo pelo campeonato nacional.
O jogo era contra o então campeão brasileiro, o Inter, de Porto Alegre. Com gols de Osmar e do lendário Bebeto, os grenás abriam sua casa com vitória importante por 2 a 1.
Domingo, 27 de maio de 2018. Após 41 anos e sete meses, o Caxias pisará pela milésima vez no gramado do Centenário, às 18h. Novamente enfrentará um Inter, mas desta vez é o de Lages (SC). O clube não disputa mais a elite nacional, como foi naquele ano de inauguração, mas na sua reconstrução precisa seguir embalado na Série D. Atualmente, a equipe grená tem o terceiro melhor retrospecto do torneio.
— O Caxias ganhando tem 80% de chances de ser o primeiro colocado entre os 68 clubes. O Campinense (melhor campanha) joga com o Fluminense, em Feira de Santana (BA), e o São José-PoA (segundo colocado no geral) enfrenta o Brusque, em Santa Catariana. Só nós atuamos em casa. Temos que criar metas e, se tem essa possibilidade, vamos correr atrás — afirma o técnico Luiz Carlos Winck.
Mesmo que a equipe esteja garantida na primeira colocação do Grupo 15, classificado à segunda fase, o treinador grená não irá poupar jogadores. Vai com força máxima. O volante Gilson e o artilheiro Wesley estão pendurados com dois amarelos, mas vão para o jogo. Como a competição na zera cartões para a etapa seguinte, o treinador não quer deixar um atleta 15 dias sem atuar.
— Analisamos bem e, como são jogos em finais de semana, tem período bom de descanso. Vou optar pela manutenção da equipe. Essa questão de cartões, não somos adivinhadores se o cara vai levar ou não. Quando isso ocorrer, temos que ter atletas preparados para substituir quem está jogando — alerta Winck.
Ao Caxias vale muito. A melhor campanha atuará no segundo jogo dos mata-matas em seus domínios. Além disso, se o jogo 1 do Centenário foi vencido pelos grenás, não serão os jogadores da milésima partida que gostariam de ser lembrados por uma derrota.
— É um jogo especial. Temos que sempre vencer dentro de casa e melhorar o que já é bom. Tem que procurar ser um dos melhores colocados no geral para termos alguma vantagem lá na frente — avisa o capitão Marabá.