“Pele-pele-peleia, eu não vou fugir dessa guerra, não”
A frase resume bem o que aconteceu na noite desta sexta-feira, o Caxias do Sul Basquete/Banrisul mostrou que não está morto e que ainda tem muito playoff nessas quartas de final do NBB 10. Sob o comando do ala Alex, com seus 17 pontos, os oito rebotes de Cauê Verzola e as seis assistências de Pedro, o Caxias voltou a jogar aquilo que fez na temporada para renascer na pós-temporada.
A vitória sobre o Mogi por 65 a 54 mantém a equipe viva e leva o jogo 4 para Caxias do Sul na próxima segunda-feira, às 20h. A série está 2 a 1 para os paulistas, mas pelo o que se viu no Ginásio Professor Hugo Ramos a peleia ainda está longe de terminar. Então prepare a erva torcedor, porque ainda tem muito pela frente.
O olhar dos jogadores do time caxiense mostrava outra proposta para o jogo decisivo. Intenso e agressivo, a equipe mostrou que a bola iria começar a cair e assim foi. Logo no primeiro arremesso, Alex converteu do perímetro. Paranhos, na sequência, deu uma enterrada e fez 5 a 0. Só com quase três minutos Larry fez os primeiros pontos mogianos.
O Caxias era mais forte. Na defesa, as bolas dos donos da casa teimou em cair, em dois quartos apenas 40,9%. Quando o Mogi encostou no placar, com 14 a 10, Cafferata ampliou para sete com outra cesta de três. A torcida em silêncio viu que o dia não seria fácil. Fim de primeiro quarto: 19 a 12 Caxias.
Nem bem começou o segundo período e o ala Alex guardou mais uma de três — no primeiro tempo ele guardou seis. O time do técnico Guerrinha seguiu errando. O próprio Shammel fez um “air ball” (não acertou sequer o aro) mostrando que o time não estava bem. Entretanto, a arbitragem começou aparecer com marcações duvidosas. Irritou a equipe caxiense e o pivô Marcão, que tomou uma técnica e precisou ser contido pelos companheiros — o primeiro tempo não era mogiano, Shammel errou o lance livre.
O que estava bom, melhorou na segunda parte da parcial. Com dois contra-ataques, o Caxias Basquete abriu para 10 pontos a vantagem. O quadro pouco se alterou até o fim do primeiro tempo. A maior preocupação foi a terceira falta de Paranhos. Fim da etapa inicial: 37 a 27, com direito a outro belo arremesso de três de Alex.
O segundo tempo já começou quente para o Caxias. No primeiro arremesso, Verzola fez mais três. O Mogi começou a renascer nas mãos de Larry, que fez cinco pontos e aproveitou três erros de ataque dos caxiense para acordar a torcida.
Só que o time de Rodrigo Barbosa não se entregou e voltou ao jogo. Warren fez de três pontos, com seis minutos, e colocou 11 de frente. O Mogi insistiu na linha do perímetro, mas a bola amassou o aro. Fim de terceiro período: 54 a 41 Caxias.
O último período virou tudo ou nada, mas para o Mogi. A equipe precisava diminuir a vantagem de alguma forma e forçou o jogo. Já o Caxias administrava os 24 segundos de ataque. Se os norte-americanos centralizam as ações mogianas, Tyrone fez a quinta falta com três minutos e foi ejetado. Shammel se lesionou e também deixou o time. O caminho se abriu.
Com as equipes trocando poucos pontos no ataque, o time do técnico Rodrigo Barbosa viu a vitória se consumar. Fim de jogo: 65 a 54.