Após três dias de preparação, o Caxias do Sul Basquete/Banrisul enfim abre a série de cinco jogos contra o Botafogo, pelas oitavas de final do NBB 10, às 14h deste sábado, no Ginásio Oscar Zelaya, no Rio de Janeiro. Agora tudo é decisão e avançará às quartas de final quem ganhar três duelos. Começa a hora da verdade aos caxienses.
Na sua melhor temporada da história, o time do técnico Rodrigo Barbosa vive novidades e responsabilidades dentro da competição. Classificado na quinta colocação, a equipe tem vantagem de jogar três partidas no Ginásio do Vascão e também o favoritismo que a posição o deu sobre o adversário, que passou como 12º. Por isso, será necessária toda concentração possível, e o líder da equipe dentro de quadra sabe que isso precisará ser trabalhado nestas semanas.
— É foco o tempo inteiro. Não tem tempo para pensar em outras coisas nos próximos dias, nossa cabeça está no Botafogo desde terça-feira. Vamos precisar fazer grandes jogos, concentrados nos detalhes, porque eles definirão as partidas — afirma o armador Cauê Verzola.
Dos jogadores que vestem a camisa do Caxias Basquete, Verzola representa muito bem a identidade do clube por conhecer a realidade há mais tempo. O armador sempre foi fundamental, sejam nos títulos gaúchos ou no acesso à elite do basquete nacional – quando foi MVP das finais da Liga Ouro 2015.
Antes da abertura da série, o armador do time caxiense falou com o Pioneiro sobre o Botafogo, a temporada e seu papel na equipe.
Pioneiro: O que muda e como trabalhar esses cinco jogos de playoffs?
Cauê Verzola: Primeiro é ter tranquilidade para não colocar uma carga, uma responsabilidade maior do que já existe. A gente sabe que qualquer que fosse o confronto seria dificílimo. Sentimos a dificuldade quando jogamos contra o Botafogo, no returno, em um jogo muito complicado. É uma equipe que impôs muita força e jogou muito físico. Acho que foi bom isso, porque sabemos o que iremos encontrar.
Qual a importância para série este primeiro jogo?
— O playoff muda de figura. Independente o resultado, alguém terá que ganhar três jogos. Se ganharmos, trará confiança porque depois tem dois jogos em casa e poderemos, eventualmente, fechar essa série aqui. Mas é muito cedo para pensar nisso. Tem que focar no primeiro jogo e na importância dele. Sem esquecer que se perdermos, teremos muito playoff pela frente.
Qual a diferença entre Cauê de agora e o que foi campeão da Liga Ouro?
— A maturidade mudou. Conversei com o Rodrigo (Barbosa, treinador) e ele comentou sobre isso. A minha saída talvez tenha fortalecido nesse sentido de maturidade. Hoje nossa equipe joga diferente. Na outra passagem eu tinha mais a bola na mão e decidindo os ataques. Hoje, ela circula e, por vezes, eu só levo a bola para o ataque. Encaro isso com muita naturalidade. É bacana poder liderar esse time de alguma forma, o vestiário é muito importante e orientando em quadra. Acho que pontuação e liderança técnica, o campeonato mostra que em cada jogo um se destaca. Claro que o Cauê (Borges, ala) vem fazendo uma grande temporada e despontando mais. Isso é fruto do trabalho dele, de muito merecimento. É bacana estar vivendo isso.