Pelo segundo ano consecutivo, o Caxias mostra que retomou o seu papel de protagonista dentro do cenário estadual e chega com força às quartas de final do Gauchão. Segundo colocado na classificação geral, com 20 pontos e apenas uma derrota sofrida, o time tem um certo favoritismo a se confirmar contra o Avenida, nos dois confrontos – sendo que o primeiro será sábado, às 18h, no Estádio dos Eucaliptos. Um quadro bem oposto ao de um ano atrás.
Em 2017, o time do técnico Luiz Carlos Winck encarava o grande rival da cidade, Juventude. Foram dois clássicos eliminatórios e com um peso emocional muito forte em ambos, vencidos pelo Caxias. Um ano depois, o rival Avenida não tem o mesmo peso que o coirmão caxiense.
Por mais que o clube de Santa Cruz do Sul viva sua melhor campanha na história do Estadual, classificou em sétimo lugar, não tem toda a tradição do Juventude. Por isso, a inclinação em favor dos grenás. Só que isso é restrito ao extracampo, ao menos para os jogadores.
– O perigo é justamente achar que terá mais facilidade. Tem que encarar como o jogo da vida. Num momento onde muitos companheiros estão desempregados, precisamos encarar como uma final. O que garante a permanência por mais um mês trabalhando até começar a Série D – recorda o volante Marabá.
Para o Caxias também há um gosto de revanche. Há nove dias, a boa campanha grená sofria sua única derrota até aqui. O Avenida venceu por 1 a 0, em Santa Cruz do Sul, e acendeu o alerta de crise no Centenário, que só foi apagado domingo, após uma série de seis partidas sem conquistar um triunfo.
– Está engasgado. Foi a única equipe que nos venceu. Tem que ter tranquilidade agora, analisar os erros que cometemos naquela partida e ver como eles jogam – destaca o atacante Nathan.
São fatores extras que entrarão em campo a partir deste sábado. Se o apelo emocional dos torcedores não será o mesmo que 2017, uma eliminação traria cobranças muito fortes. Aos jogadores, existe também o desafio de chegar na mesma fase que o clube parou há um ano, para depois projetar um algo a mais.
– Não podemos pensar menos que o ano passado. Quando colocamos objetivos na vida, tem que pensar assim. Não seria diferente no futebol. Ano passado chegamos na semi, esse ano tem que sonhar em chegar na final – acrescenta Marabá.