O basquete realmente retomou o espaço no cenário esportivo nacional. Com um campeonato organizado há uma década e com o retorno ao país de estrelas internacionais, o NBB 10 viveu neste fim de semana o seu momento de festa.
Neste domingo (18), no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, teve show com a bola laranja e de pagode, com Thiaguinho e Péricles. Com quase 10 mil presentes, a confirmação de que o momento do basquete brasileiro é de crescimento.
A festa começou com o desafio de habilidades. O representante do Caxias do Sul Basquete/Banrisul dentro de quadra, Cauê Borges, quase levou o primeiro título do dia. Após passar nas quartas de final por Yago, do Pinheiros, e por Alex, do Bauru, na semi, o ala do time caxiense perdeu no detalhe a decisão para o farroupilhense Murilo Becker, do Vitória. Cauê chegou para a série final das tentativas de três pontos à frente do adversário, mas errou dois arremessos. Já o pivô Murilo acertou de primeira e ficou com a taça.
Depois, foi a vez do torneio de três pontos. Mesmo com a presença de Marcelinho Machado, do Flamengo, e de Deryk, do Paulistano, duas das melhores médias dos arremessos de longe do campeonato, o pivô Hettsheimeir, do Bauru, foi melhor do que seus adversários. Na final, ele venceu Jefferson, do Franca, com três pontos a mais que o rival.
Ainda na parte da manhã, foi a vez do desafio de enterradas. Entre belos lances e jogadas de força, Gui Bento, do Pinheiros, levou a melhor sobre o norte-americano MJ Rhett, do Flamengo, na final. O jogador, que voou pelo Ibirapuera, foi coroado rei das enterradas do NBB 10, pois o adversário não conseguiu acertar a cravada na última tentativa.
NBB Brasil leva a melhor contra o NBB Mundo
No início da tarde, foi a vez do esperado jogo entre NBB Brasil contra NBB Mundo. Com belos lances das duas equipes e a possibilidade de ver juntos jogadores de vários times do campeonato, a festa foi para o intervalo sem se preocupar muito com o placar. As atenções estavam no show de Thiaguinho, que levantou o público das arquibancadas e os jogadores. Eles deixaram de ser estrelas e foram para a condição de fãs do pagodeiro.
Na volta, o jogo ganhou mais competitividade e os brasileiros ganharam dos estrangeiros por 130 a 121, após dois anos seguidos de derrotas.
No banco da equipe vitoriosa, estava o técnico do Caxias Basquete, Rodrigo Barbosa, como auxiliar de Gustavo de Conte, do Paulistano. Para Barbosa, o evento dos 10 anos do NBB mostra o crescimento do basquete:
— É bom ver o esporte brasileiro vivendo um momento desses, e principalmente sendo o basquete. Poder viver tudo isso de dentro da quadra, nos bastidores, foi um momento de celebração. Foi muito gratificante, uma experiência muito especial. A festa é muito maior do que o jogo.
A festa no Ibirapuera foi mais uma prova do quão bem organizado está a modalidade no Brasil.
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