O Juventude vem sofrendo com a pontaria nos seus arremates, nas últimas partidas. Após o empate sem gols contra o Oeste, nesta sexta-feira, o técnico Antônio Carlos Zago apontou que a desconstrução do estilo de jogo praticado pela equipe em boa parte do ano, apostando em contra-ataques, pode ser um dificultador neste momento.
— Jogar é bem mais difícil que marcar. Temos uma proposta diferente do que aconteceu no ano inteiro. O João (Paulo, centroavante) sempre foi artilheiro, o Tiago (Marques, centroavante) sempre marcou gols, o Ramon também. Era uma proposta diferente e dificulta um pouco o que fazemos hoje — destacou Zago.
No empate contra o Oeste foram 16 finalizações, sendo que apenas seis tiveram a direção do gol. Aproveitamento baixo e que está diretamente relacionado com o tempo de treinamentos.
— Tudo é treinamento e não estamos treinando finalizações, porque não temos tempo. Jogamos na sexta contra o Ceará. Sábado não se podia trabalhar, domingo vem o cansaço de quem jogou e segunda era véspera de jogo. Voltamos na quarta à noite. Ontem (quinta-feira), fizemos um trabalho de triangulações. É muito pouco. Talvez com mais treino, nossos jogadores voltem a calibrar o pé — opina o treinador, que projetou sobre o América-MG, adversário da próxima terça:
— O América-MG é uma das equipes mais fortes do campeonato, que manteve regularidade, jogadores interessantes e um treinador que está desde o início. Vai ser um jogo difícil e vamos lá tentar jogar de igual para igual, porque temos condições para isso.