O perfil já está decidido. E todos os indícios levam realmente para que Antônio Carlos Zago reassuma o comando do Juventude para o final da Série B, com a possibilidade de permanência em 2018. A direção não nega e nem admite negociação, mas o perfil desejado pelos gestores do clube vão na linha da confirmação do retorno do comandante do acesso à Série B em 2016. A renovação do treinador com o Fortaleza, onde também conseguiu subir para a Série B, não é oficializado, o que aumenta a expectativa sobre seu acerto com o time alviverde.
O diretor executivo de futebol Flávio Campos já havia dito, ao final do empate contra o Náutico, que o novo comandante tinha identificação com o Ju. Essa informação foi reiterada na quarta-feira pelo vice de futebol Jones Biglia, que garantiu que o nome em negociação tem história como jogador e técnico, além de estar empregado. Fatores que se enquadram na situação de Zago.
O tempo razoável que o Ju tem até a partida contra o Ceará, no dia 3 de novembro, permite que a diretoria trabalhe com calma a contratação. O grande problema para o acerto com qualquer treinador é a eleição do clube, que ocorre em 13 de novembro. Sem a certeza de continuidade para o próximo ano, o técnico que for contratado tem a garantia somente das seis partidas que ainda faltam para o término da Série B. A expectativa é de que o nome do treinador alviverde seja confirmado hoje.
O peso da eleição na escolha da direção alviverde
Legalmente, nada impede que a atual direção faça um contrato com o novo treinador para 2018, mas não parece ser o desejo de momento. O grande impeditivo está na incerteza de sequência do atual presidente. A ideia dos conselheiros é de que Roberto Tonietto permaneça no comando, ou pelo menos esteja no grupo que irá conduzir o clube no próximo ano. O presidente do Conselho Deliberativo Jeronimo Dani acredita que o convencimento passa por mostrar o que acontece em 2017, onde os vices tem autonomia e conduzem os setores:
- Ele (Tonietto) não é centralizador. Estamos mostrando que o que foi feito até agora não pode voltar atrás.
No final do ano passado, quando da reeleição de Tonietto, a primeira ação do presidente foi confirmar a renovação de contrato com Antônio Carlos, que posteriormente acertou sua transferência para o Inter. A única aresta que ficou da saída de Zago do Jaconi, no final de 2016, envolveu a preparação física. A decisão de parar por quase 15 dias nos festejos de fim de ano foi considerada pela diretoria como fator determinante para o péssimo desempenho do time no Gauchão. Se o treinador voltar, o preparador Carlos Pacheco não seria a prioridade, apesar de acompanhar Zago em todos os clubes.