Conhecido do futebol gaúcho, o técnico Itamar Schulle tenta um milagre no Rio Grande do Norte. Aos 50 anos, tem a missão ingrata de salvar o ABC do rebaixamento para a Série C do Brasileiro. Há três rodadas no comando do time, só conseguiu somar um ponto. Após um empate e duas derrotas, enfrenta o Juventude nesta terça-feira, às 21h30min, na Arena das Dunas, pela 26ª rodada da Série B. Pode ser uma prévia de um possível encontro no Gauchão. Ele é o preferido da direção do Caxias para treinar a equipe grená em 2018.
— Tenho três propostas. Uma delas é do próprio ABC, para continuar em 2018. Tem outro clube do Nordeste e também a possibilidade do Caxias. Conheço muito bem o diretor José Caetano Setti, que é meu amigo há muito tempo. Fui fazer um curso em Caxias do Sul, tomei um café com ele, mas só vou decidir meu futuro daqui a duas ou três semanas. Estou no ABC e tenho muito respeito pelo presidente Judas Tadeu. O foco neste momento está aqui no ABC — destaca Schulle.
O treinador também revelou o interesse do Novo Hamburgo, antes mesmo do atual campeão gaúcho se acertar com o técnico Beto Campos, que fica no Criciúma até o final da Série B:
— O presidente do Novo Hamburgo me ligou, mas eu disse a mesma coisa. Que meu foco estava no ABC. Então, deixei ele bem à vontade para negociar com outro nome, e aí depois fecharam com o Beto Campos, que tinha saído do Náutico.
Novo presidente do Caxias, Roberto Delazzeri prefere manter em segredo a negociação com o futuro técnico. Quando perguntado sobre Itamar Schulle, se era um nome quente ou frio, deu uma risada e deixou no ar:
— Não está frio, não!
Quanto ao duelo diante do Juventude nesta terça-feira, Itamar Schulle sabe que vai ser muito difícil e, ao mesmo tempo, diz que não tem outra alternativa a não ser buscar a vitória.
— A gente sabe do potencial do Juventude, da qualidade, do trabalho do Gilmar Dal Pozzo. Por isso, estão brigando na parte de cima da tabela. Nós aqui no ABC vivemos uma situação difícil dentro e fora de campo, financeiramente. Só o trabalho pode nos tirar dessa. Temos que crescer e evoluir. Não temos outra alternativa que não seja ser ofensivo, buscar a vitória — diz o treinador.