– Pô! Quanto tempo, hein?
Esta foi a primeira frase do meia Felipe Lima quando entrou na sala de imprensa do Estádio Alfredo Jaconi, na quinta-feira à tarde. E fazia tempo mesmo que o jogador do Juventude não concedia entrevistas. Praticamente o mesmo período que ele demorou para se recuperar de uma tendinopatia na coxa direita.
Passaram 169 dias e duas competições para que o meia tivesse condição de atuar novamente. Ele sofreu a lesão na coxa na vitória alviverde por 1 a 0 sobre o Ypiranga, pelo Gauchão. Naquela oportunidade, foi substituído aos 24 minutos da primeira etapa. O regresso aos jogos oficiais foi somente na última terça-feira, no empate em 2 a 2 com o Figueirense, pela Série B. Apenas 17 minutos, mas que trouxeram alívio ao jogador.
– Foram dias difíceis. Do começo ali, quando comecei a sentir muito incômodo e tive que parar, foram os dias que me deixaram mais chateado e triste. Mas graças a Deus eu voltei. Pude jogar alguns minutos contra o Figueirense. Feliz pelo empate, que diante das circunstâncias do jogo foi um um ponto importante para nós – relata Felipe Lima.
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Essa lesão o tirou da disputa por quase um turno da Série B. Além disso, faz com que ele tenha apenas cinco partidas com a camisa alviverde na temporada. Pouco para quem atuou em 32 jogos de 2016 e foi uma peça-chave para conquistar o acesso à Segunda Divisão.
– Eu até brinco com os companheiros: “Pô, corri tanto, me esforcei tanto para chegarmos na Série B e agora não posso jogar”. Mas agora vou esquecer o que passou. Estou de volta – diz o meia.
Uma volta que veio aos poucos. Ele foi relacionado pela primeira vez na 12ª rodada, vitória alviverde sobre o Guarani por 2 a 0, no Estádio Alfredo Jaconi. Não entrou na partida. Ainda ficou no banco de reservas por outras três oportunidades. Nesse meio tempo, participava dos jogos-treino no início das semanas para ganhar ritmo de jogo.
– Os dias que não podia ser relacionado, eu ficava angustiado. Querendo estar pelo menos no banco. Depois que fui para banco, queria estar jogando. Sempre uma ansiedade e uma expectativa grande de estar jogando – brinca Felipe Lima.
Agora ele volta a brigar pela titularidade e pode ser uma opção para o técnico Gilmar Dal Pozzo, amanhã, contra o Santa Cruz, no Jaconi. Um reforço que estava em casa e pode dar outra dinâmica ofensiva para o time que tenta voltar a vencer.
– O mais importante é fazer bons jogos. Estamos precisando fazer uma boa atuação dentro de casa. Precisamos voltar a pontuar, garantir vitórias. Espero poder ajudar de alguma forma neste sábado e que a equipe consiga sair com os três pontos – afirma o meia.