O atleta ser gestor, diretor e ter que captar recurso para realizar seu sonho não é o ideal se pensando em um competidor de alto nível. Porém, essa não é uma situação rara entre aqueles que lutam pelo esporte.Essa realidade também é vivida por Adilson Facchin, lutador de Kickboxing, dono de academia e organizador de eventos em Caxias.
No Fiesporte há alguns anos, Facchin utilizou o financiamento para realizar projetos como o “Nocaute à Fome”, evento de lutas que arrecada donativos para o Banco de Alimentos, a Copa Fight Center, e ainda um projeto social.
Além disso, é bom lembrar, Facchin é atleta. E compete em alto nível. Cinco vezes campeão pan-americano de kickboxing e terceiro no ranking mundial da categoria, Adilson está militando no esporte há mais de 15 anos, e vê como difícil a continuidade das competições importantes sem o fomento:
– Vai complicar a participação da equipe em eventos internacionais, como o pan-americano e o mundial de kickboxing. Tem o projeto social e não sei como seguir. Como vou chegar para as crianças e dizer que não tem mais projeto? – questiona o lutador.
Outros atletas da equipe de Facchin também deixaram de participar de competições pela falta do incentivo, como Raoni Venson e Claudio Dalla Rosa.