Conforme vai se aproximando a estreia do Juventude na Série B do Campeonato Brasileiro, também aumenta a expectativa dos torcedores, dirigentes e dos atletas alviverdes para que logo chegue às 20h30min desta sexta-feira. É o momento da bola rolar e tudo aquilo que vem sendo trabalhado desde o ano passado se realize dentro de campo.
A volta para a segunda divisão nacional é representativa para o clube e também para aquele que vai entrar em campo com a braçadeira de capitão do time. O volante Fahel, 35 anos, vai para sua quarta Série B, e demonstra otimismo por, desta vez, participar efetivamente de um momento importante para o Juventude.
– Estou muito feliz. Cheguei no ano passado e só pude ajudar dois meses, depois me lesionei. Fiquei fora oito meses. Mas, agora tenho a oportunidade de participar de uma Série B por esse clube. É um time que tem camisa. Em todo o Brasil se você perguntar quem é o Juventude, todo mundo sabe – comentou o volante, que atuou na competição pelo América Mineiro, de 2002 a 2004, e pelo Paysandu, em 2015.
Nos tempos de Série A do Brasileiro, Fahel chegou a enfrentar o Juventude em algumas oportunidades. E, desses momentos, sempre sabia que o fator casa era determinante para o alviverde.
– Quando você falava que ia enfrentar o Juventude aqui no Alfredo Jaconi, já se preocupava. Sabíamos que o time que caísse aqui era muito difícil conseguir a vitória – lembra o jogador, que em sua carreira atuou também por Botafogo-RJ, Goiás, Ipatinga e Bahia na Primeira Divisão.
Fahel acredita que o primeiro objetivo do Juventude no Campeonato Brasileiro tem que ser a manutenção na Série B. Isso não quer dizer que a ambição do clube na competição se resuma a isso. Ao acompanhar de fora o acesso do ano passado, o experiente volante ficou com o desejo de participar, dentro de campo, de uma conquista assim no Jaconi:
– Podemos sonhar também. É claro que subindo de uma Série C, temos que manter sempre os pés no chão. Com trabalho, com vontade, com determinação, podemos terminar com uma vaga na Primeira Divisão.
A sete dias de completar um ano em Caxias do Sul, o mineiro de Teófilo Otoni se considera totalmente adaptado com a cidade e a forma de jogar do Rio Grande do Sul. Isso acaba refletindo no convívio do grupo de jogadores e também na maneira de trabalho que vem sendo desenvolvida por Gilmar Dal Pozzo e sua comissão técnica, que assumiu em meio ao Campeonato Gaúcho deste ano.
A identificação com o clube faz com que o jogador acredite que a sinergia entre campo e arquibancada leve o time a buscar objetivos maiores na Série B:
– Nosso torcedor tem papel fundamental nessa Série B. Temos que nos unir. É claro que vão ter jogos em que as coisas não vão acontecer, vão ficar mais difíceis. Acredito que a maioria dos times vai jogar fechado aqui. Mas, se nosso torcedor estiver nos apoiando nos 90 minutos, tenho certeza que todos os atletas vão estar motivados para conseguir as vitórias em casa.
Em um campeonato de 38 rodadas, manter a regularidade é fundamental. Entretanto, segundo Fahel, é importante entender que todos os times vão ter momentos de instabilidade na competição. E é nessa hora que o papel do jogador mais experiente aparece.
– Não tem time que não vá passar por dificuldade. Esse é o grande lance. Quando a equipe começar a cair, precisa encontrar forças o mais rápido para retomar as vitórias – ressalta Fahel.
Experiência não lhe falta. Motivação muito menos. Para quem sofreu em 2016, viu de fora das quatro linhas um período vitorioso, e agora conviveu com as oscilações da equipe neste início de temporada, o momento é de recomeço. A reafirmação do Juventude na Série B é também a retomada do experiente volante, o líder dentro de campo que pode ter papel decisivo na longa jornada até o final da Série B. Lá em novembro, Fahel quer concretizar um sonho:
– Queria muito colocar esse time na Série A. É um sonho. Chego a me arrepiar. Vejo o amor que a torcida tem por esse clube. Vejo uma cidade que me acolheu muito bem. Quero muito dar esse presente para os Jaconeros.