A Liga dos Campeões da Europa reúne os principais times do planeta, os melhores jogadores e atrai a atenção pelos grandes jogos, especialmente nas suas fases decisivas. Na semana passada, só se falou no Barcelona após a virada épica sobre o PSG.
Nos últimos duelos das quartas de final, chamou a atenção para dois times de menor expressão e que conseguiram a façanha de entrar no seleto G-8. Nesta quarta-feira, o Monaco fez 3 a 1 no Manchester City, de Pep Guardiola, e eliminou o riquinho inglês que ainda não consegue mostrar força longe do seu país. Aliás, é justamente da Inglaterra que vem a maior surpresa. O campeão improvável da temporada 2015/2016, segue aprontando.
Com uma campanha pífia nas competições locais, o Leicester passou pelo espanhol Sevilla, que vinha de uma série de títulos da Liga Europa, e será o representante solitário do país. Mais endinheirados, City, Arsenal e Tottenham ficaram pelo caminho.
Trazendo para a nossa realidade, o feito de ingleses e franceses pode ser comparado ao do Juventude, que em 2016 esteve entre os oito melhores da Copa do Brasil, mesmo com um orçamento bem inferior aos rivais. E, por muito pouco, não chegou na semi.
É lógico que o dinheiro comanda o futebol e a disparidade financeira distancia grandes e pequenos. Ao mesmo tempo, com criatividade, trabalho eficiente no dia a dia, grupos comprometidos taticamente e, principalmente, fora de campo, e uma dose de sorte, é possível sonhar.
Aliás, fica a torcida. Quem sabe, no sorteio, Monaco e Leicester não possam se enfrentar. Assim, um deles estará entre os quatro melhores do continente. E gigantes como Barcelona, Real Madrid, Juventus e Bayern de Munique briguem entre eles pelas outras vagas – só para constar, Borussia Dortmund e Atlético de Madrid fecham a lista dos classificados.