A famosa gangorra na qual vive a dupla Ca-Ju não existe para o clássico 281. Na tabela de classificação, estão iguais, com 11 pontos. Dentro das quatro linhas, boas apresentações. Sinais que possibilitam acreditar em um grande jogo no próximo sábado, 18h30min, no Jaconi, quando os clubes se reencontram em um Gauchão.
E se tem um personagem que mudou este quadro é o técnico Gilmar Dal Pozzo. Antes da sua chegada, era impossível dizer que o Ju estava nas mesmas condições técnicas que o Caxias. Pois ele precisou de cinco dias para mudar completamente a postura da equipe alviverde. Um time organizado, apostando na velocidade dos extremas e ofensivo. Fez por merecer a vitória sobre o Inter muito antes de Diego Real assinalar um pênalti inexistente. Casualmente, o ídolo grená faz renascer o otimismo alviverde.
No lado do Caxias há que se ponderar alguns fatores, antes de criar tempestade em copo d'água. O time somou um ponto, dos seis que disputou em casa nas duas últimas rodadas. Isso é um fato. Outro é que o time não jogou mal contra o Veranópolis. Mesmo com a derrota, o time empilhou chances desperdiçadas no primeiro tempo. Prevaleceu a lei do "quem não faz, leva". O time do técnico Luiz Carlos Winck só foi desorganizar quando sofreu o gol e tentou buscar o empate de qualquer maneira. Ainda assim, o time tem padrão de jogo e é bem ofensivo.
Por mais cético que eu seja com clássicos – acredito sempre em uma partida chata que termina empatada – as apresentações do fim de semana apontam para um bom jogo. Ingredientes não faltam. Seja dentro de campo, com a ofensividade que as duas equipes mostraram no fim de semana, seja fora das quatro linhas, com tudo o que engloba um Ca-Ju.