Adriano Bitencourt, uma das vítimas da tragédia do voo da Chapecoense, nasceu em Porto Alegre, mas se criou em São Leopoldo. O pai, Cândido Bitencourt, 79 anos, mora na Capital e era um dos mais emocionados durante o velório do filho, neste domingo, em Caxias do Sul.
– Ele tinha um carisma próprio, nunca estava triste e sempre tinha o sorriso estampado no rosto – falou o pai, cercado por três dos seus filhos.
Adriano tinha cinco irmãos. Quatro homens e uma mulher. Nas camisetas feitas pela família para homenagear o segurança, uma frase nas costas chamava a atenção. Para quem conviveu com Adriano nos clubes de futebol, era natural ouvir dele o "Me ajuda que eu te ajudo".
O carinho com que Adriano era citado no meio do futebol sempre foi motivo de orgulho para o pai.
– Quando ele foi para Chapecó, sempre me lembro que na despedida falei que ele irá crescer muito lá. E foi o que aconteceu. Ele amava o trabalho, e todos tinham muito respeito pelo que o Adriano fazia. Era um cara do bem. Meu herói, meu grande orgulho – destacou Cândido.