O corpo do segurança Adriano Wulff Bitencourt, 45 anos, está sendo velado desde o início da manhã deste domingo nas Capelas Cristo Redentor, em Caxias do Sul. O profissional era natural de Porto Alegre, mas trabalhou durante quase 10 anos na dupla Ca-Ju e constituiu família na cidade. Ele trabalhava na Chapecoense desde 2014.
Adriano deixa a mulher Laura e cinco filhos: Larissa, 19 anos, Thiago, 17, Fernando, 14, Giovana, 9, e Matheus, 7. Eles ficaram sabendo da tragédia ainda na madrugada de terça-feira, após uma ligação do namorado de Larissa.
– O namorada da minha irmã ligou para ela umas 3h da manhã alertando sobre o acidente. Liguei a TV, fomos para a internet, só que tinha muita informação desencontrada. Foi angustiante. Ligamos para a Chapecoense e nos orientaram a ir para lá. Fomos durante a tarde de terça-feira, onde estavam todos familiares – relembra Thiago.
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Os dias seguintes também foram de angústia até a chegada dos corpos em Chapecó, neste sábado. Após uma homenagem emocionante sob muita chuva na Arena Condá, o corpo de Adriano foi trazido para Caxias do Sul. Para os dois filhos mais velhos, o pai deixa um exemplo de luta e superação.
– Ele deu tudo de si pela família. Foi um guerreiro, um herói para nós cinco. Ele já nasceu lutando e será sempre um exemplo – diz Thiago.
– Meu pai sempre foi agitado, engraçado, tinha muitos amigos pelo jeito simpático dele. Ele sempre lutou muito pelas coisas que queria conquistar – completa Larissa.
Por volta das 16h, está previsto o início do cortejo para o sepultamento. Em uma ação envolvendo amigos e representantes dos dois clubes de Caxias do Sul, ocorrerá uma Caminhada pela Paz com passagem pelos estádios Centenário e Alfredo Jaconi. O sepultamento será no final da tarde, no Cemitério Parque.