Nas arenas dos Jogos, quem grita "Fora Temer" é que está ficando de fora. No sábado, durante as finais do tiro, um torcedor foi retirado da arquibancada do sambódromo depois de supostamente se manifestar contra o presidente interino. Agentes da Força Nacional de Segurança deram-lhe voz de prisão.
O espectador, um geofísico de 40 anos, estava acompanhado da mulher e de dois filhos.
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Mais cedo, ele exibira um cartaz com a expressão "Fora, Temer". Teve de guardá-la por orientação dos agentes de segurança. Quando o mesmo slogan ecoou na arena, mais tarde, acabou detido. Ele negou ter sido o autor do grito. Depois de ser liberado, voltou a assistir a prova.
Também no sábado, durante a partida de futebol feminino entre Estados Unidos e França, um grupo de espectadores foi retirado do Mineirão por se manifestar politicamente. Eles vestiam camisetas com letras que formam o "Fora Temer". A proibição de manifestações políticas durante os Jogos consta do regulamento da competição e também é informada nos ingressos e no site oficial do evento.
Estão vetados faixas, cartazes, apitos, megafones e mensagens de "cunho político e religioso". A Lei da Olimpíada, promulgada por Dilma Rousseff, proíbe "portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou xenófobo ou que estimulem outras formas de discriminação", mas ressalva o direito constitucional à livre manifestação e liberdade de expressão.