Antes da Olimpíada, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan guardavam algum receio de uma possível influência das condições da Baía de Guanabara em sua luta por medalhas na vela. Não pela tão comentada poluição da água, mas pelo caráter imprevisível do local, em que o comportamento do vento e das marés dificulta o trabalho dos velejadores. Mas logo em sua estreia na classe 470, a dupla domou as condições adversas e contou justamente com o que temia faltar durante os Jogos: regularidade.
Com dois quintos lugares nas duas primeiras regatas, as gaúchas terminaram o dia na quarta colocação geral, bem dentro da luta por medalhas que se estenderá até a próxima semana. Sorridentes, passaram pela zona mista satisfeitas.
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– Era um dia difícil por conta das condições do vento, mas a gente conseguiu manter a regularidade. É um campeonato longo, de paciência. Temos de nos manter na briga – disse uma sorridente Fernanda em uma passagem um tanto apressada pelos repórteres.
A velejadora corria para rever a filha Roberta, de 2 anos, que viaja com a dupla para todo o circuito internacional. No Rio, ela fica com o pai enquanto a mãe está concentrada na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, junto com a equipe de vela. Fernanda aproveita todas as chances que têm para vê-la.
– Consegui dar uma passada hoje (quarta-feira) de manhã e dei um beijo nela. Tenho me envolvido como sempre, vejo ela todos os dias. Qualquer mãe entende essa necessidade. É até importante para me manter tranquila e feliz – afirma com um sorriso no rosto e um ritmo na fala de uma narradora de turfe para reencontrar a filha o mais rápido possível.
A rotina dupla de Fernanda se estende até a próxima quarta-feira, dia 17, quando, se tudo der certo, a dupla, 6ª colocada em Londres, disputa a Medal Race para buscar um lugar no pódio.
*ZHESPORTES