O segundo sábado olímpico não foi dos melhores para o Brasil, se tornando mais um dia sem medalha e com disputas emocionantes, talvez a principal delas no basquete masculino. Em um jogo nervoso, brigado e equilibrado, o Brasil foi derrotado na segunda prorrogação pela Argentina no basquete masculino por 111 a 107 e se complicou na Olimpíada.
Agora, o time de Ruben Magnano fecha a primeira fase contra a Nigéria, mas no máximo pode terminar na quarta colocação do grupo, o que o colocaria como adversário da temida seleção americana nas quartas de final.
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Decepcionada com o basquete, a torcida brasileira voltou as regatas da classe Laser na vela, na qual, o multicampeão Robert Scheidt poderia se aproximar do ouro olímpico. Também não deu. Scheidt, que chegou ao penúltimo dia de disputa na segunda colocação, ficou em 27º e 11º lugares nas duas regatas, e caiu para a 5ª colocação no geral, fora da briga pelo ouro.
Quem mandou bem foi a dupla do vôlei de praia Alison e Bruno, favoritos ao ouro e que tiveram exibição de gala contra os espanhóis Herrera e Gavira, vencendo em dois sets (24-22, 21-13).
Mas, num dia repleto de decepções para o Brasil, a outra dupla masculina, formada por Pedro e Evandro, foi eliminada. Os brasileiros, que penaram para garantir a classificação às oitavas e não vinham apresentando bom rendimento, caíram diante dos russos Barsuk e Liamin em três sets (16-21, 21-14, 15-10).
Na quadra, a seleção masculina perdeu pela primeira vez na história olímpica para a Itália. No confronto entre duas das mais tradicionais escolas do vôlei mundial, os italianos fizeram 3 sets a 1 sobre os brasileiros (parciais de 25/23, 23/25, 22/25 e 15/25). Agora, o Brasil precisa vencer a França, às 22h35min de segunda-feira, para avançar à quartas.
Quem garantiu classificação foi a seleção masculina de futebol. Com a vitória por 2 a 0 sobre a Colômbia, na Arena Corinthians, com gols de Neymar e de Luan, a seleção olímpica de futebol masculino avançou às semifinais dos Jogos do Rio. Enfim a caminho da cidade da Olimpíada, a seleção enfrentará Honduras, nesta quarta-feira, às 13h, no Maracanã.
Foi suado, mas o Brasil arrancou um empate diante do Egito, no handebol, em jogo que terminou em 27 a 27 neste sábado. Com o resultado, a classificação às quartas de final na Olimpíada ainda não está garantida - se garantissem vitória, os brasileiros estariam confirmados na próxima fase (foto abaixo).
O atletismo brasileiro passou praticamente em branco. Neste sábado, nenhum atleta do país conseguiu passar de fase. Nos 100m rasos, Vitor Hugo do Santos fez o 48º melhor tempo. No salto triplo, Keila Costa, em sua quarta olimpíada, conseguiu a 24ª marca do dia. Nos 400m rasos, Geisa Coutinho (25º) e Jailma Lima (36ª) ficaram pelo caminho, assim como Juliana dos Santos nos 3.000m (36ª).
Destaques no mundo
Como rei das pistas, Usain Bolt estreou no Rio 2016 neste sábado. O jamaicano mito fez o melhor tempo da sua série e garantiu classificação para a semifinal dos 100m. Ele segue na briga para ser tricampeão olímpico no domingo e ainda tentará ouros nos 200m e no 4x100m.
Michael Phelps encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos com mais um ouro - seu quinto no Rio e 23º em Olimpíadas. Com a equipe dos EUA, venceu o revezamento 4x100m medley, batendo o recorde olímpico ao cravar 3min27s95. A Grã-Bretanha, com a prata, e a Austrália, com o bronze, fecharam o pódio. O Brasil terminou na sexta colocação.
Na tarde deste sábado, o espanhol Rafael Nadal e o argentino Juan Martín del Potro protagonizaram talvez a grande disputa nestes Jogos. Em três horas e oito minutos, o argentino venceu por 2 sets a 1 (7/5, 6/4 e 7/6 -7/5). Emocionado, beijou a quadra carioca e apontou para o verde do piso, se credenciando a ser o dono dele (foto abaixo).
A etíope Etenesh Diro – uma das favoritas na prova de 3.000m – estava em segundo lugar na eliminatória quando levou um pisão no pé e perdeu a sapatilha. Diro ficou para trás e, depois de tentar sem sucesso recolocar o calçado, correu o restante da prova de pés descalços. Apesar de ter ficado apenas com o 24° melhor tempo na fase de classificação, a etíope vai à final, porque a arbitragem entendeu que Etenesh foi prejudicada.
Destaques fora das arenas
Brasil e Argentina foram obrigados a disputar espaço não só na quadra de basquete, mas também nas arquibancadas. Foi um clássico de torcida mista, mas não apenas em um local reservado e controlado, como nos Gre-Nais. O confronto, visto com preocupação pela organização, contou com a ajuda dos jogadores para manter a tranquilidade nas arquibancadas. E a paz reinou.
*ZHESPORTES com AFP