Simone Biles, dos EUA, faturou a medalha de ouro no individual geral feminino de ginástica, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, com a mesma facilidade com a qual sorri. E como ela sorri o tempo todo, pobre das adversárias. A nova campeã olímpica somou 62.198 pontos, deixando a prata para Alexandra Raisman (60.098), também norte-americana. O bronze foi para a russa Aliya Mustafina (58.665). Jade Barbosa torceu o tornozelo durante o solo e teve de abandonar. Rebeca Andrade terminou em 11º lugar.
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A norte-americana de 19 anos e 1m44cm de altura teve as melhores notas nos quatro aparelhos: solo, trave, barras assimétricas e salto. Na trave, sua especialidade, deu rodopios em série sentada sobre uma perna, sem perder o equilíbrio. Houve quem se levantasse para aplaudir de pé durante a apresentação. A brasileira Rebeca Andrade, por exemplo, quase caiu três vezes
Tricampeã mundial, Simone Biles é candidata a cinco ouros na Rio-2016.
Além do primeiro lugar por equipes e no individual geral, que já estão no seu pescoço, é favorita no salto (dia 15), na trave (dia 15) e no solo (16). Só não pegou final nas barras assimétricas. Uma espécie de Michael Phelps de saias. Com apenas 19 anos, muitas medalhas de ouro a esperam. Talvez não chegue às 21, por enquanto, do nadador. Mas pode se aproximar, sim senhor, tal a sua superioridade.
Pelo Brasil, uma surpresa. Jade Barbosa foi convocada pela coordenadora da seleção, Georgette Vidor, para substituir Flavia Saraiva, de apenas 16 anos. O objetivo? Manter Flávia concentrada só na final da trave, aparelho em que medirá forças com nada menos do que Simone Biles. Mas deu tudo errado.
Jade foi mal na trave e, no solo, seu segunda aparelho, logo na primeira sequência acrobática sentiu uma lesão quando aterrissou. Tentou prosseguir, mas não suportou as dores. Deixou a Arena Olímpica em uma cadeira de rodas, chorando, aplaudida pela torcida. Depois do problema com Jade, o desempenho de Rebeca caiu.
De terceira colocada ao fim do primeiro aparelho, que foi o salto, ela foi piorando até finalizar em 11 lugar. Fez um solo capaz de arrancar aplausos alucinados da platéia, que gritou o seu nome como se estivesse no Maracanã. Mas no individual geral é preciso regularidade.
É o que Simone Biles tem, em altíssimo e impressionante nível.