A espera está chegando ao fim. Às 15h47min deste domingo, a tocha olímpica será gaúcha – durante seis dias. As boas-vindas do Rio Grande do Sul ao símbolo dos Jogos do Rio serão dadas por Erechim. A carreata olímpica percorrerá todas as regiões do Estado, até encerrar o passeio por Torres, voltando a Santa Catarina e subindo até o Rio de Janeiro, em 5 de agosto, quando a pira será acesa no Maracanã.
Erechim receberá a tocha olímpica com um grupo de 60 cavalarianos escoltando Gilmar Rinaldi, goleiro tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira, filho da terra, e ex-coordenador da CBF. A primeira centelha a deixar a lamparina e acender a tocha no Rio Grande do Sul terá a participação de alunos do Colégio Estadual Professor Mantovani. O governador José Ivo Sartori confirmou presença na saudação inicial à chama dos Jogos. A prefeitura de Erechim calcula uma mobilização de pelo menos 20 mil pessoas nas ruas da cidade para assistir ao desfile.
– É uma honra ser um dos escolhidos para conduzir a tocha e, quando recebi o convite, deixei claro que teria que ser Erechim: de onde eu saí e onde a minha família mora até hoje – disse o primeiro condutor da tocha no Estado, Gilmar Rinaldi.
Leia mais:
As aventuras da tocha olímpica no Brasil antes de chegar ao Estado
Técnico Tite confirma presença e vai conduzir tocha olímpica em Caxias
Gaúcha, que conduziu a tocha olímpica na Bahia, se emocionou no trajeto: "Gritavam o meu nome"
Depois do ex-goleiro, que abrirá o desfile na frente do Estádio Colosso da Lagoa, outros 21 condutores carregarão a tocha pelas vias de Erechim. Durante uma hora e um minuto, os Jogos do Rio estarão na cidade. Ao final da tarde, a tocha irá para o município de Passo Fundo.
O roteiro olímpico pelo interior gaúcho seguirá pelas cidades de São Miguel das Missões, Santo Ângelo, Ijuí, Cruz Alta, Encantado, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Sepé, Caçapava do Sul, Canguçu, Rio Grande, Pelotas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Guaíba, Porto Alegre, Canoas, Esteio, Novo Hamburgo, Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e finalizando o percurso em Torres, na tarde do próximo sábado (dia 9).
Na quinta-feira (dia 7), Porto Alegre deverá ter a maior mobilização das 28 cidades gaúchas. A tocha permanecerá na cidade por quatro horas, com o trajeto iniciando no Parcão, com o técnico do Grêmio, Roger Machado – em referência ao local do primeiro estádio do clube, a Baixada, que se localizava no parque Moinhos de Vento –, abrindo o desfile. Depois, na Redenção, parte do trajeto será cumprido pelos campeões olímpicos com o vôlei Paulão e Marcelo Negrão – que correrá a convite do medalhista gaúcho.
– Estou muito emocionado. É parte da nossa história. Queremos aproveitar e nos divertir muito – comemorou Paulão, que também terá a seu lado os filhos, Pedro Henrique, 20 anos, e Pyetra, 18, ambos jogadores de vôlei.
Mais adiante, passando mais um parque emblemático da cidade, o Marinha do Brasil, o bicampeão da Libertadores Tinga representará o Inter, em frente ao Beira-Rio. Depois que a tocha passar a cavalo, nas mãos do músico Renato Borghetti, pelo Parque da Harmonia, rumará para o Largo Glênio Peres, no Centro, onde a ex-ginasta Daiane dos Santos acenderá uma pira, marcando a despedida da tocha na cidade.
O Grupo RBS acompanhará todos os 2,5 mil quilômetros da passagem da tocha olímpica pelo Rio Grande do Sul. O repórter da Rádio Gaúcha José Alberto Andrade, o repórter fotográfico de Zero Hora Lauro Alves e o repórter da RBS TV Glauco Pasa (mais equipes locais da TV) seguirão a tocha desde o seu ingresso em Erechim até a passagem, de Torres para Sombrio (SC).
– A tocha é uma espécie de Olimpíada em movimento antes da abertura oficial do evento. Por mais que surjam discussões em torno da validade da celebração ou mesmo tentativas de sabotagem, a chama que será carregada a partir deste domingo no Rio Grand do Sul é um simbolismo mágico. Em nossa terra, que cultua há mais de meio século a "Chama Crioula" , provavelmente o nível de compreensão do significado será natural. Acompanhar a Tocha Olímpica para jornalistas é chegar antes e sair depois, transmitindo na multimídia desde a ansiedade coletiva pela chegada, seguindo pelo momento da passagem nas comunidades e concluindo com a reação após o momento histórico. Paralelo a levar ao público o fascínio do acontecimento, nunca se pode esquecer dos fatos alheios e inerentes às grandes movimentações. Aqui no estado o fogo olímpico, entre tantos pontos históricos, conhecerá o extremo sul de seu percurso, numa espécie de início da reta final rumo ao Maracanã daqui a um mês. Aos gaúchos será a oportunidade de reverenciar atletas consagrados, personalidades das diversas áreas de atividades e cidadãos comuns que estarão participando do revezamento e das diversas cerimônias preparadas. Certamente estaremos diante do espertar definitivo do Rio Grande do Sul para os Jogos Olímpicos – comenta José Alberto Andrade.
* ZH ESPORTES
