A euforia alviverde é grande. Desde 2008, o Juventude não chegava na fase de oitavas de finais da Copa do Brasil. Com a vitória de 2 a 1 sobre o Paysandu, quarta-feira, o clube também voltará a duelar com os grandes times do Brasil em uma competição nacional. Bons resultados em campo significam dinheiro para auxiliar fora dele, mas as dificuldades financeiras ainda são muitas.
– Acredito que é importante a classificação. Estamos entre os 16 melhores e agora teremos adversários da Série A. Tecnicamente para o clube é muito bom. A próxima fase nos dará uma visibilidade muito grande – ressalta o presidente Roberto Tonietto.
Não só a visibilidade, mas as premiações recebidas por cada fase estão ajudando na viabilidade financeira do clube. O custo mensal sobre toda a estrutura do Juventude gira em torno de R$ 700 mil. Só a folha salarial do time profissional se aproxima dos R$ 300 mil.
Outro ponto relativo às cotas do torneio é que elas não entram instantaneamente no cofre alviverde. O valor referente à terceira fase (R$ 660 mil), disputada com o Paysandu, por exemplo, deve chegar nos próximos dias. Isso porque a CBF só libera o pagamento após o encerramento de cada etapa. Portanto, os R$ 840 mil por se classificar à oitavas de final não vão vir agora e só serão recebidos depois que terminar a fase, ou seja, lá no final de agosto ou início de setembro.
Além disso, as cotas se referem ao valor bruto. O clube ainda perde 10% referente a impostos e uma parte direcionada ao Sindicato dos Atletas. Do que chega ao Juventude, ainda há descontos com parte das viagens e a premiação dos atletas.
Ainda assim, as cotas estão proporcionando um grande auxilio para a direção alviverde. Até agora, incluindo os valores que o clube ainda não recebeu da CBF, o acumulado de premiações, sem considerar os descontos, é cerca de R$ 2 milhões (R$ 240 mil da 1ª fase + R$ 300 mil da 2ª fase +R$ 660 mil da 3ª fase + R$ 840 mil das oitavas de final).
– Não só isso (as premiações), mas também fizemos um planejamento e realizamos vários cortes de despesas, além das receitas que buscamos. Assim, conseguimos manter os salários em dia. Não rigorosamente, mas para os padrões do futebol está em dia – relata o presidente.