Família é a base de todo o sucesso de Tite no futebol. Com uma estrutura familiar sólida, o técnico caxiense tem tranquilidade para focar no trabalho diário, nas viagens constantes e nos diversos compromissos pelo país e pelo mundo, ainda mais agora com a Seleção Brasileira. A morte do pai, Genor Bachi, em 2009, o abalou muito. Tite só conseguiu se reestruturar emocionalmente com a ajuda da mulher Rose, dos filhos Matheus e Gabriele, da mãe Ivone e dos irmãos Beatriz e Ademir. É justamente Ademir Bachi, o Miro, o grande alicerce de Tite em Caxias do Sul.
Aos 50 anos, Miro toma conta de tudo. Cuida de Dona Ivone, 80, da irmã Beatriz, 58, da mulher Viviane Bachi, 45, e dos negócios da família. Além disso, é o parceiro e conselheiro do irmão nos assuntos relacionados ao futebol. Assim que Tite recebeu o convite da CBF para assumir a Seleção Brasileira, entrou em contato com Miro. E só depois tomou a decisão mais importante de sua carreira até aqui.
– Ele me falou que decidiu aceitar o convite pouco antes do treino do Corinthians, na quarta-feira, depois de pensar bastante. Tite sabe que é uma valorização profissional incalculável. Mas o primeiro a saber não fui eu, foi o presidente do Corinthians – conta Miro.
Aliás, na opinião do irmão, esse convite veio com dois anos de atraso. Em 2014, após os 7 a 1 para a Alemanha, todos esperavam que Tite fosse assumir o cargo de Felipão:
– Assim como ele ficou frustrado, a família toda ficou também. Aquele era o momento dele. O Tite construiu uma carreira, fez por merecer estar lá em 2014. Houve a frustração realmente, mas agora a gente está muito feliz. É um momento maravilhoso para o Tite, para a profissão dele e para as pessoas que gostam dele. A família está muito orgulhosa com esse reconhecimento da Seleção Brasileira. É o coroamento de tudo o que ele passou. Dos sofrimentos e da história linda que ele tem no futebol. São muitas vitórias, mas também teve muito sofrimento nessa trajetória.
A diferença é que muito mais do que em 2014, a escolha da Seleção Brasileira por Tite agora foi quase um clamor nacional. Talvez, os únicos que não gostaram muito foram os torcedores corintianos. E a expectativa de Miro é a melhor possível no novo desafio do irmão:
– A torcida toda tem esperança nele, e podem crer que ele vai fazer um baita trabalho na Seleção Brasileira. Com certeza, o Tite vai se doar completamente, porque ele mergulha de um jeito impressionante nos desafios. Acredito totalmente que ele vai estar lá na Copa do Mundo de 2018.
Miro já torceu para Juventude, Caxias, Grêmio, Inter e Corinthians. Vestiu a camisa de todos esses times. Mas, agora, o sentimento vai ser único. Tite não vai representar uma parcela da população. Tite vai representar uma nação inteira.
– Cada jogo vai ser muito emocionante, e a gente vai ficar com o coração na mão em todas as partidas. São bastante sofridos para a família esses momentos durante os jogos, mas vamos encarar. É um orgulho imenso para todos nós – encerra Miro, emocionado.
Seleção Brasileira
Irmão Miro é o grande alicerce do técnico Tite em Caxias do Sul
Ademir Bachi é o maior responsável por deixar o treinador caxiense tranquilo e focado no futebol
Adão Júnior
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