No início de 2013, uma nova diretoria, liderada pelo presidente Marcos Paulo Machado assumiu o Bento Vôlei com o objetivo de recolocar o time em posto de destaque no cenário nacional. Ao lado dele, o bento-gonçalvense Rafael Fantin, o Dentinho, que iria dividir as tarefas de dirigente e atleta, sendo o símbolo deste processo de reestruturação.
Dois anos foram necessários para que o projeto conseguisse atingir o primeiro objetivo, o acesso à elite. Após garantir o seu lugar na Superliga 2015/2016, os dirigentes mantém a cautela e preferem aguardar antes de projetar a próxima temporada. O foco agora está no título da competição nacional. O jogo único que vale a taça será neste sábado, às 20h, no Ginásio Municipal.
- O título credencia para negociar de outra forma. No Brasil é assim: se ganha é um valor, se perder, tem outro. A partir da próxima semana, vamos falar com jogadores e patrocinadores. Mas temos sim a ideia de manter a base desse grupo e reforçar com quatro ou cinco reforços. Sabemos que vamos perder jogadores e precisamos da reposição - explica Machado.
- Montamos um planejamento de cinco anos. Ainda restam três e isso continua da mesma forma. Vamos deixar para definir tudo a partir da próxima semana. O foco agora é na final, nossa força-tarefa é voltada totalmente para esse jogo de sábado - acrescenta Dentinho.
No primeiro ano de trabalho, a queda na Superliga B foi importante para que a direção avaliasse os erros e a necessidade de incrementar qualidade ao time. O resultado foi uma campanha invicta em 11 jogos.
- Na temporada passada, a gente foi surpreendido pela qualidade do campeonato. Nos mostrou a necessidade de ter reposições. Por conta disso, os patrocinadores aumentaram o investimento, a prefeitura deu o suporte e começamos antes o trabalho. Fomos o primeiro time da Superliga B a contratar, o que se mostrou uma vantagem importante - avalia Machado.
Time renovado
A equipe contratou 11 reforços. Apenas o central Henrique e o capitão e dirigente Dentinho foram mantidos. O Bento Vôlei agregou experiência e qualidade. Foi em busca de atletas que estavam em equipes da Superliga ou no exterior. Fora das quatro linhas, recebeu o apoio da comunidade e de empresas da cidade. O clube, que não tinha um patrocinador máster em 2013, conseguiu o retorno da Isabela, que apoiava o clube na década de 90, no começo do projeto que atingiu a Superliga.
Com a boa campanha, ganhou a confiança da torcida. O apoio vindo das arquibancadas foi fundamental na caminhada. Na primeira fase, em apenas uma oportunidade o ginásio teve menos de mil torcedores. Na semifinal contra o Foz do Iguaçu-PR, que garantiu o acesso para a elite, eram 3,5 mil pessoas apoiando o Bento Vôlei. Além disso, a equipe voltou a ser assunto em rodas de conversa pela cidade e recuperou o prestígio de anos anteriores.
- O maior patrimônio que a gente conquistou nesta temporada foi a torcida. No sábado, foi importante ver isso. Famílias inteiras nas arquibancadas. Um público diferente, muita gente que nunca tinha visto uma partida de vôlei. É mais um fator para ser valorizado e explorado para a Superliga - destaca o presidente.
