Após três jogos em casa pelo Gauchão, o Juventude segue sem vencer no Alfredo Jaconi. Neste domingo, porém, o empate em 1 a 1 com o Grêmio mostrou um time alviverde diferente do que vinha se apresentando nos primeiros jogos da temporada. Com muita disposição e bom repertório ofensivo, o Ju mereceu a vitória, especialmente pelo que criou no primeiro tempo. Porém, um pouco de azar aliado ao cansaço deram ao time só um, e não os três pontos.
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O jogo começou com os dois times respeitando um ao outro e com cuidado redobrado na marcação. Quando o Grêmio tentava tomar a iniciativa, encontrava um Juventude bem postado, mostrando um poder de marcação que os jaconeros ainda não tinham visto nesta temporada.
E a aplicação alviverde logo foi premiada. Aos 12 minutos, Diogo Oliveira levantou o torcedor com uma grande jogada pela ponta esquerda, livrando-se de dois marcadores e cruzando para a zaga afastar a escanteio. Na cobrança de Julinho, a zaga afastou nos pés de Diogo Oliveira, que chutou mascado, de primeira. Seria um lance morto, se não fosse a presença do centroavante para fazer o que mais se espera dele. Zulu desviou de cabeça, de leve, mas o suficiente para tirar de Marcelo Grohe. Um a zero.
Antes mesmo do time da capital esboçar reação, que teve em uma falta cobrada por Maxi Rodriguez o único lance a ser mencionado, foram os donos da casa que voltaram a assustar. Aos 18, o capitão Rafael Pereira, com boa atuação improvisado na lateral, achou Douglas na área. O camisa 7 aproveitou falha do zagueiro Bressan, entrou em velocidade e chutou à direita de Grohe, muito rente à trave.
Aos 32, Douglas apareceu bem de novo, dessa vez pelo lado esquerdo. Em contra-ataque, deu bela meia lua em Rodolpho e só foi parado com falta, a poucos metros da grande área. Na cobrança, Diogo Oliveira bateu mal, por cima do gol.
O Grêmio só levou perigo ao gol do aniversariante goleiro Fernando quando o cronômetro já passava dos 40 minutos. Aos 43, o ex-alviverde Ramiro bateu colocado, de fora da área, para uma bonita ponte do goleiro do Ju. Logo no minuto seguinte, Zé Roberto apareceu livre pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola percorreu toda a pequena área, mas ninguém apareceu pra completar para o gol.
O segundo tempo começou com um lance preocupante. Um rojão foi disparado do lado da torcida gremista próximo ao gol de Fernando, que ficou caído e precisou receber atendimento. Com a bola rolando, foi o Ju quem chegou primeiro. Aos 6, Julinho se livrou de Pará e cruzou bem na área para desvio de Douglas, à esquerda do goleiro gremista.
O Grêmio teve boa chance aos 9. Maxi Rodriguez cruzou e Kleber, livre, testou para o chão, no meio do gol, obrigando boa defesa de Fernando, sem rebote.
A boa chegada, porém, não serviu de alento aos tricolores. O alviverde seguiu melhor teve boas chances com Jardel, chutando de fora da área, e em lance que Mika descolou ótimo lançamento para Julinho, livre na esquerda, mas a arbitragem marcou impedimento duvidoso.
Aos 20 minutos, grande chance do Grêmio. Barcos conseguiu espaço para ajeitar o corpo e chutar no ângulo direito de Fernando, que foi buscar de forma espetacular, mandando pra escanteio.
Próximo à metade da segunda etapa, os técnicos começaram a usar o banco. No Grêmio, Enderson Moreira tirou Maxi Rodriguez para colocar Jean Deretti e Edinho deu lugar a Riveros. No Ju, Diogo Oliveira deu lugar ao jovem lateral-direito Juliano e Douglas, cansado, saiu para a entrada de Rogerinho.
E foi uma mudança gremista a primeira a dar resultado. Aos 31, Jean Deretti fez jogada individual pela direita e chutou da entrada da área. Fernando deu rebote e o lateral Wendell, que acompanhava a jogada, só completou para o gol.
Sem o mesmo vigor físico da primeira etapa, os dois times tentavam o segundo gol mais na base da vontade. Aos 37, quando o árbitro apitou para Zé Roberto erguer bola na área do Juventude, mais uma vez a torcida do Grêmio protagonizou um episódio lamentável. Mais um rojão lançado próximo a Fernando, forçando a paralisação do jogo.
Já nos acréscimos, o Grêmio teve a melhor chance para sair com a vitória. Após cobrança de escanteio, Bressan subiu mais que todo mundo e cabeceou a bola no travessão. Na sequência, em outra bola levantada, Barcos cabeceou com perigo e a zaga afastou. Foi o último lance relevante do ótimo jogo no Alfredo Jaconi.