O ginásio do Sesi, em Caxias do Sul, tinha uma só cor, neste domingo, o amarelo. De Brasil e Colômbia. Mas um deles, um em especial, era diferente, estava solitário. Era Diana Vélez, de 30 anos, nascida em Valle del Cauca, Colômbia.
Morando em Caxias há quatro anos, a única representante colombiana na vitória brasileira por 4 a 0, na final da Copa Intercontinental, é uma aficionada de sua seleção, mas não esperava poder assistir a uma partida de seu país em plena Serra gaúcha.
- Gosto muito quando joga a seleção da Colômbia. Quase morro - contou a colombiana.
Sozinha, mas apenas na torcida, Diana foi ao jogo graças à amiga e concunhada Daiana Trombetta, 30 anos, catarinense de Joaçaba.
- "Diana, vai ter jogo da Colômbia. Vamos", ela me disse. Viemos correndo no jogo (no 5 a 1 da Colômbia no Chile) - disse a estrangeira.
No dia seguinte, foram à final. Diana sabia das poucas chances de sua seleção. Depois de ver quatro gols adversários, esperava, apenas, que fizesse um gol de honra. No único momento em que a Colômbia conseguiu guardar o seu, Diana estava distraída.
- Não vi. Achei até que tinha sido anulado - explicou Diana.
Minutos depois, abordou a reportagem:
- Me ajuda a torcer pela Colômbia. Sozinha não consigo!
Se a situação no futsal não é tão boa para o país vizinho, no futebol de campo a fase é ótima. A equipe de salão, infelizmente, não conta com um artilheiro como Falcao Garcia, ídolo nacional.
- Estamos adorando ele. Graças aos gols dele classificamos. Fazia muito tempo que a seleção não se classificava para uma Copa.
Mas, infelizmente mesmo para Diana, era saber que a seleção brasileira, sim, tinha o seu Falcão, e que ele havia marcado duas vezes e dado passe para outro gol. A colombiana preferiu não comentar sobre o adversário, mas a brasileira correu para defender, ou nem tanto.
- É um ótimo jogador. Olha quanto tempo joga na seleção e continua bem. Ele é o mais velhinho das duas equipes em quadra, quer dizer, o mais experiente - disse, consertando logo em seguida, Daiana.
Solitária
Colombiana chama atenção em Caxias por ser a única torcedora de seu país na final do Intercontinental contra o Brasil
Diana Vélez mora na cidade há quatro anos e não esperava poder acompanhar Colômbia por aqui
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