Dentre tantos torcedores antigos do Juventude, uma mulher se destaca. Odila Gardelin De Lazzer, 87 anos, é a sócia viva mais velha do clube. Nascida em 1925, seu primeiro registro no Juventude é datado de 1951. A paixão pelo clube vem do nascimento, mas aumentou muito mais pela convivência com o marido Victor De Lazzer, falecido há seis anos, quando tinha 82. Dona Odila representa a torcida do passado da história centenária do clube. Dona Odila viu o Juventude crescer e aparecer. No dia 29 de junho, ela quer dar os parabéns no aniversário alviverde.
- Tenho três cadeiras no Estádio Alfredo Jaconi. Depois que meu marido faleceu, não fui mais aos jogos. Meus filhos que usam as cadeiras agora - conta a torcedora, mãe de Victor Hugo, Maristela e Lizane.
Dona Odila se recorda de dois momentos marcantes que representam a paixão dela e de seu marido pelo Juventude. O primeiro, é fato raro ou até inexistente nos dias de hoje:
- Meu marido era músico. Aos sábados, ele saía de casa com o carro e fazia propaganda dos jogos do Juventude, cantando nos alto-falantes e chamando as pessoas para comparecerem aos jogos nos domingos. Tudo com a gasolina dele. O segundo momento que marca Dona Odila até hoje foi um presente dado pelo clube ao seu marido.
- Foi o dia que eu e ele choramos muito. Num jogo em Bento Gonçalves, ele tinha caído no estádio e perdido ou rasgado a camisa. Alguém do clube ficou sabendo e nos chamou. Deram uma camisa novinha para ele. Ficamos muito emocionados pelo gesto.
Contagem regressiva
A 100 dias dos 100 anos, Juventude tem Dona Odila como a sócia mais velha
Nascida em 1925, ela tem 87 anos e se associou ao clube em 1951
Adão Júnior
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