Localizado no centro de Caxias do Sul, o hotel Swan teve dois dias de total ocupação, em função da Mercopar, nesta semana, confirmando a expectativa do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (Segh) da Região Uva e Vinho. Segundo a entidade, a taxa média de ocupação superaria 90%, podendo atingir 100% em alguns dias. A feira, considerada uma das maiores da América Latina de inovação industrial, começou na terça (17) e se encerra nesta sexta-feira (20), nos pavilhões da Festa da Uva, atraindo pessoas de muitos estados e países.
Conforme o gerente do Swan, Gabriel Bertelli, o evento é sempre uma ótima oportunidade para o setor hoteleiro para ter bons números quanto ao valor das reservas.
— Os hotéis de Caxias sempre estão com boa ocupação, principalmente durante a semana, mas, durante a Mercopar, há o aumento da tarifa pela demanda. Então acabamos hospedando mais, por um preço mais aquecido — explica Bertelli.
O gerente ainda comenta que a movimentação começa a se intensificar desde o final de semana que antecede o evento, para a equipe de montagem, até o pós, quando a mesma equipe retorna para a cidade para desmontar a estrutura. Já em relação ao turista que vem como expositor ou visitante, a permanência não é tão notada, diz o gerente.
— Eles vêm mais focados para a feira. Muitos acabam vindo com avião e, pela passagem já comprada, não têm a possibilidade de ficar. Até participamos do programa Fique Mais um Dia, do Sebrae, com desconto na reserva, para fazer com que ficassem no final de semana, mas não teve adesão — comenta Bertelli.
De acordo com o presidente do Segh, Marcos Ferronatto, os restaurantes também tiveram um acréscimo de 20% na média, sendo que os mais impactados foram os que estão localizados próximos aos pavilhões da Festa da Uva.
— A Mercopar movimenta a cadeia do turismo, além do setor industrial. Nós do Segh vibramos com mais esta edição acontecendo.
Já o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC) , Celestino Loro, afirma que há dois tipos de impactos da feira provocados no município.
— A feira é um sucesso e ela deixa um impacto muito forte na cidade, nos hotéis, nos restaurantes, no serviço como um todo e tem um dividendo que deixa na cidade, que é o contato com a tecnologia, que, se a feira não fosse aqui, essas pessoas não teriam. É um impacto imediato e outro a longo prazo — destaca Loro.
Bom para as vendas
O visitante que está em Caxias também aproveita para se aproximar dos vinhos e espumantes, um dos maiores atrativos da região. Na Boccati, que tem comercialização desses produtos, teve um aumento nas vendas de 30%.
— As vendas não estão como a gente queria, mas é logicamente que aumentou por causa da feira, sem dúvida alguma. Uma que a gente faz um trabalho, há alguns anos, para captar esses clientes de feira que estão em Caxias. E o segundo é que a gente fez um trabalho intensivo, nos últimos 15 dias, de visitar hotéis, largar fôlderes, de prometer uma degustação se for na loja — explica o empresário Júlio D'Agostini.
O proprietário da Boccati afirma que os horários de maior movimentação são pela manhã e ao meio-dia, quando a loja está aberta excepcionalmente para receber os visitantes.
Último dia de Mercopar
A 32ª edição da feira se encerra nesta sexta-feira (20). Assim como a feira num todo, o ESG, ou Environmental, Social and Governance (sustentabilidade ambiental, social e de governança) também será o assunto principal do último dia, sendo tema principal de três dos 13 eventos previstos.
Nesta sexta, também está prevista, para 15h30min, a premiação das Batalhas de Startups. Ao todo, 16 participaram da seleção.