A cesta básica de Caxias do Sul passa a custar R$ 1.390,68 em junho, conforme levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes) e do Centro de Ciências Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A alta é de 0,94%, ou seja, um aumento de R$ 12,91 em comparação com maio. A cesta caxiense é composta por 47 produtos, em que 26 registraram aumento no preço. As maiores variações no mês ficaram com o absorvente externo e com os pãezinhos. O preço médio do primeiro item, em um pacote com 10 unidades, subiu de R$ 5,95 para R$ 7,03, em elevação de 18,29%, enquanto que 50g do cacetinho aumentou de R$ 0,47 para R$ 0,55, com alta de 17,69%.
Apesar do absorvente ter a maior variação, o economista e pesquisador responsável pelo estudo, Mosár Leandro Ness, explica que o grupo de alimentos segue em uma sequência de alta. Junho volta a ter um aumento, depois que, de abril para maio, a cesta básica teve alta de R$ 9,70.
— Ainda está longe de chegar a um patamar de estabilização. É bem verdade que o preço dos alimentos vem sendo corrigido em função de que as safras não foram prejudicadas com uma estiagem muito forte. Com isso, nós acreditamos que esse realinhamento de preços deve chegar ao seu final nos próximos meses, e aí teremos uma estabilização — explica o economista.
O grupo de alimentos, que é o que mais tem peso na cesta básica, tem custo de R$ 1.012,11, um aumento de 13,99% em junho. Mesmo assim, como observa Ness, a inflação deste ano é menor que a de 2022.
Confira abaixo os produtos que mais tiveram aumento e aqueles com as maiores reduções:
Os produtos que integram a cesta básica de Caxias são: absorvente externo, açúcar cristal, alface, apresuntados, arroz (polido e parboilizado), banana, batata-inglesa, biscoitos (doces e salgados), café moído, café solúvel, capeletti, carne bovina, cebola, cerveja, cigarros, creme dental, erva para chimarrão, farinha de trigo especial, feijão preto, frango inteiro, gás de bujão, laranja, leite longa vida, maçã, maionese, massa caseira fresca, massa com ovos, óleo de soja, ovos de granja, pãezinhos, papel higiênico, pêssegos em lata, queijo lanche fatiado, refrigerante, sabão em pó, sabonete, salame, salsichão, xampu, tomate, costela de suíno, coxa de frango, detergente líquido, leite condensado, mamão, pão caseiro e pão de forma.
IPC indica movimento de desinflação
Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Caxias tem elevação de 0,50% - mais do que o dobro do aumento entre abril e maio, quando foi de 0,23%. O acumulado de 12 meses é de 4,90%, menor que o de maio, que era de 5,09%. O índice é utilizado para medir a inflação no município, calculando o custo médio de vida a partir de 320 subitens, que estão dentro de grupos como alimentação, transporte, higiene pessoal e saúde, habitação e vestuário. Para Ness, o acumulado de 12 meses apresenta um cenário de desinflação, que é quando ocorre a redução de preços de maneira lenta:
— Vários itens, principalmente não sendo os produtos alimentares, vêm marcando os preços para baixo. Agora, com o início das promoções, que já começaram, porque nós tivemos pouco frio, se espera também uma desaceleração.
Para os próximos meses, espera-se redução no preço de vestuário por conta deste movimento. Por outro lado, energia e combustíveis devem manter a alta. Para o pesquisador, o cenário a partir dos número que Caxias siga a caminho da estabilidade, como deve ocorrer no restante do país.