A Black Friday é uma das datas de estímulo ao consumo que cada vez tem sido melhor trabalhada pelos lojistas como estratégia de venda. A expectativa do setor em Caxias do Sul é de aumento na comercialização de produtos e serviços, assim alta no valor do ticket médio.
Segundo pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Caxias), para essa data, a expectativa é incremento de 21,2% no tíquete médio, com investimento de R$ 908,25. No ano passado, o valor médio ficou em R$ 749,38. Ainda conforme o levantamento, o gasto médio projetado para cada consumidor neste ano é 36,9% maior do que em 2019, anterior ao cenário de pandemia.
O que não se altera, independentemente do cenário, é a preferência do consumidor por alguns tipos de produtos. Os eletroeletrônicos e eletrodomésticos seguem no topo da lista dos mais procurados e adquiridos por meio da campanha Black Friday.
Por estes itens não serem, geralmente, adquiridos para serem dados de presente, não configuram antecipação das compras de Natal. O que se confirma, aliás, na pesquisa do Sindilojas, cujo resultado aponta que apenas 29% dos entrevistados afirmaram que estão motivados a aproveitar as promoções da Black Friday para antecipar os presentes natalinos.
Para a presidente do Sindilojas, Idalice Manquini, promoções como a Black Friday acabam sendo positivas para o comércio.
— Estamos trabalhando para que essa data não estrague as vendas em dezembro, porque o Natal é forte. A gente prefere que as compras de Natal sejam em dezembro e não agora. Essa semana toda, especialmente na sexta-feira (26), é uma oportunidade, principalmente, para os itens como eletrodomésticos e eletrônicos.
O comércio local segue como a principal alternativa de consumo. No apontamento da CDL, 82,7% dos entrevistados vão priorizar as compras em Caxias do Sul, sendo 61,5% com desejo de comprar em lojas de rua na área central.
Por sua vez, os estabelecimentos localizados em bairros ou em shoppings, somam 12,1% das intenções de compra. O varejo de outras cidades, seja loja física ou online, é opção para 17,3%, demonstrando que o comércio caxiense é competitivo e traz opções para todos os públicos.
Procon dá dicas para as compras neste período
A Black Friday tradicionalmente traz à tona uma velha preocupação se os descontos oferecidos são reais. O coordenador do Procon Jair Zauza, entende que o consumidor precisa estar atento.
— Algumas lojas anunciam supostos descontos, que, na verdade, não existem, porque o estabelecimento aumenta o valor do produto, para posteriormente colocá-lo em promoção, só que com o mesmo valor de antes. O consumidor precisa estar atento — salienta.
Fique atento:
1) O consumidor deve respeitar o planejamento financeiro e não comprar por impulso, evitando situações de endividamento ou superendividamento, a curto ou longo prazo, pois logo em seguida haverá pagamentos como IPTU, IPVA e matrícula escolar, além das despesas com o período de férias.
2) Faça pesquisa de preço, no período anterior ao ato da compra, assim o consumidor evita ser vítima de uma oferta “fake”, com o mesmo valor de antes da promoção ou até maior. Se o consumidor verificar a ocorrência deste fato, deverá denunciar ao Procon.
3) Exija nota fiscal. Ao adquirir qualquer produto ou serviço, a nota fiscal é essencial, seja para evitar sonegações fiscais ou garantir os direitos do consumidor, em relação à garantia, devolução, intervalo de troca, entre outros.
4) Verificar se as lojas são confiáveis. Optar por lojas mais conhecidas, pesquisar a reputação em sites de reclamação e nas redes sociais, e buscar avaliações e comentários de outros consumidores. Em compras online, evitar comprar clicando em banners que aparecem nas mídias sociais.
5) A hora do pagamento também requer alguns cuidados. Existem bancos que fornecem um cartão virtual que é gerado a cada compra online do cliente, dificultando roubo de dados e clonagem de cartão. Se o pagamento acontecer por meio de boleto, recomenda-se olhar o beneficiário do pagamento e verificar se coincide com a razão social da empresa contratada.
6) Canais de contato: Os canais de venda virtuais são obrigados a fornecer dados como razão social, endereço, telefone e CNPJ, de preferência, em sua página principal, para que o consumidor tire dúvidas, encaminhe problemas, entre outros.