O governo do Estado confirmou neste domingo (21) a retomada do modelo de cogestão junto aos municípios gaúchos para adoção de flexibilizações nas medidas de enfrentamento ao coronavírus. O Pioneiro ouviu representantes de entidades e o prefeito municipal, que reiteraram alívio pela retomada de serviços que sofriam com maiores restrições, mas, também destacaram a necessidade da responsabilidade da retomada com adoção dos cuidados necessários.
Confira as declarações:
"Adotamos protocolo integral (das flexibilizações do Estado), até porque queríamos flexibilizações a mais em alguns casos e não a menor. Se fosse mantido mais uma ou duas semanas (o mesmo nível de restrições), muitas lojas não iriam sobreviver. Não tinha mais condições de o comércio e outras atividades permanecerem fechados. Sabemos da responsabilidade que o comércio vai ter nos cuidados. Vamos continuar com o mesmo padrão de fiscalização, eu acredito que os próprios empresários, entidades de classes e sindicatos vão nos ajudar nesse sentido. Dentro do possível a nossa fiscalização está boa". Adiló Didomenico (PSDB), prefeito de Caxias do Sul
"Estamos muito contentes. Isso vem no momento que precisamos muito reabrir o nosso comércio. Toda flexibilização ao atendimento do comércio não-essencial é bem-vinda. Estamos bem longe de representar retomada do varejo, mas é um início, um começo para que possamos reabrir nossas lojas e vitrines e retornemos. Sabemos que comércio não tem essa aglomeração, que segue todos os protocolos de saúde e esses 8 m² são suficientes para nosso comércio reabrir. Não é amanhã reabrir o comércio e o consumidor vai sair para as compras., vai começar devagarinho, mas para nós, empresários, vem no momento crucial". Idalice Manchini, presidente do Sindilojas
"É muito importante para o setor, mesmo tendo limites de funcionamento, é importante até pela volta ao trabalho, a dignidade de poder trabalhar e se sentir útil na importânia que representamos na alimentação, com todo o cuidado necessário". Vicente Perini, presidente do Sindicato das Empresas de Gastronomia e Hotelaria da Região Uva e Vinho (Segh)
"Nós estamos em uma situação bastante difícil. O comércio e os serviços de Caxias representam 50% dos empregos formais, são mais de 80 mil vagas diretas de trabalho. No ano passado, com 60 dias de comércio fechado, tivemos um prejuízo de R$ 412 milhões na economia local e, agora, já estamos acumulando R$ 3,2 milhões por dia de perdas em bandeira preta. Isso impacta diretamente nas demissões. Os empresários nos ligam todos os dias dizendo que não conseguem mais suportar. Nós sempre estivemos abertos ao diálogo e, por isso, entendemos que o melhor caminho é a cogestão. Mas o sucesso dessa retomada também vai depender da responsabilidade dos lojistas e do público consumidor em seguir os cuidados recomendados". Renato Corso, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias