Uma das principais demandas dos setores econômicos, a reforma tributária voltou à pauta nas últimas semanas, com propostas em nível nacional e estadual. O texto do governo federal unifica dois impostos: PIS e Confins, o que simplificaria o sistema de tributação. No entanto, o setor de serviços poderá ter aumento no pagamento de impostos. Já a proposta do Piratini, além de tentar racionalizar a cobrança de impostos, também busca desonerar a produção de empresas e o consumo de famílias, principalmente as de baixa renda. Para compensar, revisa incentivos fiscais e eleva a alíquota do IPVA, além de estabelecer que veículos com mais de 40 anos estarão isentos desse imposto, e não os que têm mais de 20 anos. A reforma também afetaria um dos principais setores econômicos da Serra, o da produção de vinho. A taxação no consumo dessa bebida passaria de 18% para 25% a partir de 2021.
Em entrevista ao Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra nesta segunda-feira (27), o diretor de Economia, Finança e Estatística da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Joarez Piccinini, disse que as reformas tributárias devem ser mais discutidas com a sociedade nos próximos meses, mas considera que é difícil esperar uma redução da carga de impostos neste momento. Por isso, salientou que, de uma maneira geral, o que pode se esperar como maior benefício neste momento é a simplificação do sistema de cobrança.
— É extremamente relevante no Brasil, em função de que nós temos talvez uma das cargas tributárias mais altas do mundo e um dos sistemas tributários mais complexos, talvez, que exista. E talvez o maior benefício que ela vai trazer é a simplificação, a racionalização de todo esse sistema, esse arcabouço. Além disso, espera-se que também traga uma redução de um problema que é algo sério hoje, que é a insegurança jurídica — comentou Piccinini.
Confira a entrevista na íntegra: